Motoristas: Rui Rio classifica de "intolerável" pedido de dissolução de sindicato

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Porto Canal com Lusa

Póvoa de Varzim, Porto, 29 ago 2019 (Lusa) - O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje "intolerável" a forma como o Ministério Público conduziu o pedido de dissolução do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

"É intolerável em democracia e penso que é muito difícil as pessoas olharem para este procedimento e não acharem que há uma intenção política", afirmou Rui Rio, à margem de uma vista à feira agrícola AgroSemana, na Póvoa de Varzim, distrito do Porto,

O Ministério Público (MP) pediu a dissolução do SNMMP numa ação que deu entrada este mês junto do Tribunal do Trabalho de Lisboa, disseram na quarta-feira à agência Lusa fontes judiciais.

O MP sustenta haver "desconformidades" na constituição e nos estatutos do SNMMP, razão pela qual pediu a sua extinção.

O líder dos social-democratas não escondeu "preocupação" pelos pressupostos do processo.

"Se há alguma irregularidade nos estatutos do sindicato, já devia ter sido detetada na altura da sua fundação, mas se não o foi e existe deve ser notificado para eliminar a suposta irregularidade. O que aconteceu é que não detetaram, nem notificaram. Acho que nem antes do 25 de Abril era assim", apontou Rui Rio.

O presidente do PSD lembrou que "no decorrer da última greve [dos motoristas de matérias perigosas] o Ministério Público deixou cair que andava a investigar o assessor jurídico do sindicato, mas agora não fez por menos e pediu a dissolução".

"Admito que o Governo português fique contente com isto, porque temos visto que tem uma grande tendência para se colocar junto do setor patronal", afirmou Rui Rio.

O SNMMP, que cumpriu mais uma paralisação este mês, entregou um novo pré-aviso de greve para o período compreendido entre os dias 07 e 22 de setembro, desta vez ao trabalho extraordinário e aos fins de semana.

No âmbito da visita à AgroSemana, o dirigente do PSD mostrou, também, preocupação com a falta de rejuvenescimento do setor agrícola nacional, considerando que este é um tema que deve unir os partidos.

"A agricultura é fundamental na nossa economia, mas a maior crise que atravessa prende-se com o seu futuro, porque a composição dos empresários do setor tem uma média de idade de 65 anos e só 4% por cento tem menos de 40 anos", alertou.

Rui Rio disse ser "vital rejuvenescer o tecido empresarial na agricultura e evitar a ameaça deste definhar e não ter futuro dentro de 20 anos", apelando para criação de políticas para atrair jovens para o setor".

"Temos de reforçar o peso da agricultura no PIB [produto interno bruto] e nas exportações. Seja que governo for, e mais importante que fazer críticas a uns ou a outros, é perceber que este é um problema sério e que devemos todos estar unidos para entender e melhorar", vincou o presidente do PSD.

JPYG // SR

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