PSP assegura esquadras em bairros municipais de Lisboa até construção de novos espaços

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 27 fev (Lusa) -- Os presidentes de junta que podem perder esquadras em bairros municipais de Lisboa afirmaram hoje que a PSP lhes assegurou que os equipamentos se irão manter até à construção de novos agrupamentos policiais que as substituirão.

O Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP reuniu-se hoje com os presidentes das juntas de freguesia de Alcântara, Marvila e Carnide, onde está previsto o encerramento de quatro esquadras localizadas nos bairros municipais da Quinta do Cabrinha, da Zona Jota, do Bairro Padre Cruz e do Bairro da Horta Nova.

Os autarcas disseram hoje à agência Lusa que nessas reuniões a PSP propôs a construção de novos agrupamentos policiais que substituam as esquadras a encerrar e que asseguraram que esse encerramento só acontecerá após a conclusão das obras.

"A reunião correu bem: tentou-se chegar a uma solução que não é definitiva e até foi apresentada pela Câmara de Lisboa, que é a da construção de uma nova esquadra ao lado do Banco Alimentar. Como é perto da Quinta da Cabrinha resolve o problema", disse o presidente da Junta de Alcântara, Davide Amado.

O autarca socialista, bem como as associações que trabalham nas proximidades do bairro, têm vindo a demonstrar a sua oposição ao encerramento da esquadra do Cabrinha, com as instituições a admitirem deixar a zona com medo do regresso da insegurança.

"Perceberam que não podem tirar dali a esquadra sem uma solução. Mas ainda é preciso a PSP aceitar, o Governo aceitar e dinheiro para a construção. Mas enquanto não está decidido a esquadra mantém-se", disse.

Também o presidente da junta de freguesia de Marvila, Belarmino Silva, onde o projeto de reorganização das esquadras da capital da PSP prevê o encerramento da esquadra do Bairro da Zona J, se mostrou satisfeito com a proposta de construção de uma nova esquadra num terreno que vai ser cedido pela Câmara de Lisboa.

"Vão fazer uma esquadra nova, num terreno que vai ser cedido pela Câmara de Lisboa. Será uma esquadra grande e que irá ficar muito bem implementada... Só depois é que vão avaliar se se fecham a esquadra ou se se mantém aberta", disse o autarca socialista.

Esta proposta vai ao encontro das reivindicações do presidente de junta, que considera que "Marvila não pode ficar sem esquadras".

Já o presidente de junta Carnide, onde a PSP admite encerrar três esquadras (em dois bairros municipais, bairro da Horta Nova e bairro Padre Cruz, e outra no centro da freguesia) e construir uma nova na Associação para o Polo Tecnológico de Lisboa - Lispolis, continua a opor-se ao encerramento das esquadras.

"O encerramento das esquadras nos bairros municipais era gravíssimo, era andar 25 anos para trás. O sucesso da diminuição da criminalidade deve-se ao trabalho da polícia", disse Fábio Sousa (CDU).

No entanto, o autarca comunista admite que a esquadra do centro da freguesia seja deslocada para perto do Centro de Saúde e que no Bairro da Horta Nova o espaço possa ser reposicionado. "Mas isso prevê custos associados para a construção de novas esquadras", alertou.

Também neste caso a PSP deu a garantia de que "as esquadras só fecham na construção de novas" o que, caso a nova localização seja a Lispolis, não é uma "proposta razoável" para a freguesia.

SYP // ZO

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