Câmara de Viseu abre concurso para trabalho temporário na rede de museus
Porto Canal / Agências
Viseu, 27 fev (Lusa) -- A Câmara de Viseu aprovou hoje a abertura de um concurso público para prestação de trabalho temporário na rede municipal de museus, que porá fim ao acordo de colaboração entre o município e o Centro Cultural Distrital.
"O que estamos a abrir é um concurso público para a contratação de serviço de apoio e trabalho temporário na rede de museus. Avaliada a situação, foi a solução que encontrámos para manter o funcionamento dos serviços", justificou o presidente da autarquia, Almeida Henriques (PSD).
Em janeiro, o executivo liderado por Almeida Henriques tinha decidido prolongar por mais meio ano o acordo com o Centro Cultural Distrital de Viseu (CCDV), herdado do seu antecessor, no âmbito do qual são pagos salários aos funcionários da rede municipal de museus.
Segundo Almeida Henriques, o concurso que hoje foi aprovado por unanimidade vai decorrer nos próximos meses, de forma a permitir que, "a partir do final dos seis meses de prorrogação, estes funcionários possam ser admitidos, ou outros".
A prestação de serviços implicará nove pessoas que serão recrutadas para as funções de assistentes operacionais e assistentes técnicos.
"Presumo que as qualificações que aquelas pessoas já adquiriram será um fator que as colocará em posição privilegiada face a outros concorrentes. Mas, obviamente, é um processo novo de recrutamento", esclareceu o autarca.
Durante a reunião de Câmara, que foi pública, o vereador socialista José Junqueiro considerou importante a existência de estabilidade nos funcionários que trabalham na rede municipal de museus.
A vereadora da Cultura, Odete Paiva, explicou que "esta questão da estabilidade e da qualidade científica não se põe, porque há um conjunto de técnicos superiores que pertencem aos quadros da Câmara" a trabalhar na rede de museus.
O PS acabou por votar favoravelmente a abertura do concurso, porque ainda que esta seja "uma solução sofrível, neste momento é a possível", uma vez que a Câmara não pode aumentar o número de efetivos, justificou José Junqueiro.
"Entre deixar pessoas no desemprego e ter uma solução provisória, esta é a solução provisória. Não é do nosso agrado, mas é a única maneira de pagar aos funcionários", acrescentou.
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