Estaleiros: Câmara de Viana quer comprar guindaste para o colocar ao serviço da Enercon

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 27 fev (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo anunciou hoje que vai apresentar uma proposta de aquisição de um guindaste dos estaleiros navais, a vender em leilão, colocando-o ao serviço da multinacional alemã Enercon para facilitar as exportações.

De acordo com o executivo municipal, a Câmara "vai apresentar proposta" para "adquirir" o guindaste K7, colocado à venda pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), por estar a ser "confrontada com as grandes dificuldades" da Enercon ao nível de meios de elevação que permitam a exportação de componentes eólicos por via marítima.

De acordo com os avisos dos dois concursos de venda lançados pelos estaleiros, a entrega de propostas para venda do guindaste - e de onze viaturas da empresa pública - pode ser feita entre 03 e 07 de março, não tendo qualquer preço base.

Contudo, os ENVC "reservam-se no direito de não proceder à respetiva venda", caso a administração entenda que o valor das propostas - o único critério é o valor mais alto - "não se adequa aos interesses" da empresa.

A abertura de propostas está prevista para 10 de março.

Já a Enercon, que funciona em terrenos subconcessionados pelos ENVC, onde precisamente este guindaste está instalado, não tem meios de elevação próprios, situação que a empresa admite estar a dificultar a "logística de exportação" de componentes eólicos produzidos nas cinco fábricas que o grupo alemão instalou em Viana do Castelo.

"Estas fábricas utilizam um cais de 300 metros sem apoio de meios de elevação, quando os ENVC têm um guindaste inoperacional há vários anos nesta área", aponta fonte do executivo municipal, referindo-se ao guindaste que está à venda e que foi uma das contrapartidas para a empresa pública da compra de dois submarinos para a Marinha.

A falta de meios de elevação no cais da Enercon (norte), recorda o município, obrigou a empresa alemã, nos últimos dias, a efetuar 140 transportes rodoviários pelo interior da área urbana para a margem sul, onde está instalado o porto comercial, referentes a uma carga de exportação de 360 toneladas.

Para a autarquia, liderada pelo socialista José Maria Costa, o guindaste em causa, de 466 toneladas, poderá servir aquela que é hoje a maior exportadora do distrito, com um volume de 200 milhões de euros em 2013 e que emprega diretamente 1.400 trabalhadores, para "permitir a utilização do porto da margem direita do rio Lima".

O executivo municipal recorda que a falta de meios de elevação no cais da Enercon "não é uma questão nova", sendo mesmo do "conhecimento" do Ministério da Economia, entre outras entidades nacionais e regionais. "Fica a dever-se à ineficácia" da Empordef e dos ENVC, mas também à "dificuldade" da Administração Portuária "em assumir esta responsabilidade", aponta.

"Com esta medida [proposta de compra], a autarquia espera que fique sanada a grande inquietação dos investidores alemães nos últimos dois anos, depois de um investimento de mais de 120 milhões de euros desde 2006", reforça o executivo.

PYJ // JAP

Lusa/fim

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