Operação 'Rota Final': Álvaro Amaro diz querer colaborar com a justiça sem invocar qualquer imunidade

| Política
Porto Canal com Lusa

O ex-autarca da Guarda Álvaro Amaro afirmou esta segunda-feira que não invocará qualquer tipo de imunidade parlamentar para recusar colaborar com a justiça, depois de ter sido constituído arguido no âmbito da operação ‘Rota Final’.

Atualizado 18-06-2019 11:41

Eleito eurodeputado pelas listas do PSD – mas que só tomará posse em 02 de julho -, Álvaro Amaro confirmou à Lusa a intenção já manifestada ao jornal Público.

“Jamais usarei qualquer estatuto para não colaborar com a justiça. Quero esclarecer toda a verdade”, assegurou.

O antigo presidente da Câmara Municipal da Guarda disse desconhecer se a imunidade parlamentar como eurodeputado poderá ser aplicável neste caso, uma vez que ainda não tomou posse, rejeitando, em qualquer caso, a intenção de a invocar.

De acordo com o Parlamento Europeu, o estatuto de imunidade parlamentar “não é um privilégio pessoal do deputado, mas uma garantia de que um deputado ao Parlamento Europeu pode exercer livremente o seu mandato e não pode ser exposto a perseguições políticas arbitrárias”.

“Os deputados ao Parlamento Europeu não podem ser alvo de qualquer forma de inquérito, detenção ou processo judicial pelas opiniões emitidas ou pelos votos expressos na sua qualidade de deputados”, refere a página, que diferencia duas vertentes na imunidade dos deputados europeus, sendo aplicável no território do Estado-Membro de origem e no território de qualquer outro Estado-Membro.

A imunidade parlamentar pode ser levantada “na sequência de um pedido das autoridades nacionais competentes ao Parlamento Europeu” ou “de um pedido de um deputado ou antigo deputado para que a sua imunidade seja defendida”.

Na semana passada, as autoridades constituíram cinco arguidos, entre eles o antigo presidente da Câmara Municipal da Guarda Álvaro Amaro, no âmbito da operação ‘Rota Final’, que investiga um alegado esquema fraudulento de viciação de procedimentos de contratação pública.

Na quinta-feira, a SIC noticiou, por outro lado, que Álvaro Amaro, o atual presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, o vereador da Cultura, Victor Amaral, e duas técnicas superiores "vão responder por fraude na obtenção do subsídio que financiou a festa de Carnaval em 2014".

Na Câmara da Guarda, o vice-presidente do PSD Álvaro Amaro renunciou ao mandato para ser deputado ao Parlamento Europeu, na sequência das eleições de 26 de maio último, deixando a presidir o município o seu antigo vice-presidente.

+ notícias: Política

Primeiro-ministro em Cabo Verde na primeira visita fora da Europa

O primeiro-ministro inicia, este sábado, uma visita a Cabo Verde, a primeira fora da Europa, tendo prevista a assinatura de um memorando de entendimento com o seu homólogo cabo-verdiano para criar uma linha especial de microcrédito para empreendedores.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".