Venda de areia pelo Porto de Aveiro destina-se a libertar área para expansão

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Porto Canal / Agências

Aveiro, 25 fev (Lusa) - O presidente da Administração do Porto de Aveiro (APA), José Luís Cacho, esclareceu que a hasta pública de areia hoje realizada por aquela entidade diz respeito a uma pequena quantidade e visa libertar área para o alargamento dos terminais.

Ao todo são 100 mil toneladas de inertes que a administração portuária colocou à venda, facto criticado pelo Bloco de Esquerda que, em comunicado, considera "inadmissível que areias removidas de uma área bastante afetada pela erosão costeira sejam vendidas em leilão e não usadas para a reposição de sedimentos na costa".

O BE salienta que "a extração e comércio de areias não fazem parte do negócio da APA" e recorda que, no início de 2013, a APA vendeu também 100 mil toneladas de areia por 50 mil euros, sendo que "equivale a apenas 60 mil metros cúbicos do total de três milhões de metros cúbicos que a administração portuária insiste em armazenar a céu aberto, em prejuízo da qualidade de vida dos habitantes da Gafanha da Nazaré".

No comunicado, o Bloco defende que as areias "não devem ser vendidas" e propõe que sejam utilizadas em programas de combate aos efeitos da erosão costeira, com injeção de areias na costa.

Para o presidente da APA, as críticas do BE "não fazem qualquer sentido porque é uma quantidade pequena e, desde há 10 anos, a administração portuária coloca todos os anos mais de um milhão de metros cúbicos no cordão dunar e na deriva costeira", em resultado das dragagens necessárias a assegurar as condições de navegabilidade.

José Luís Cacho desmente que o objetivo do lucro esteja na base da hasta pública e salienta que o valor económico da areia tem caído acentuadamente.

"São as areias que ali ficaram quando foi feita a construção do porto e temos que libertar aquela área rapidamente, porque neste momento é um prejuízo e temos de procurar minimizar os encargos com aquilo. O Porto precisa daquela área para construir lá a plataforma logística", esclareceu.

O presidente da Administração do Porto de Aveiro salienta que já estão a ser depositadas no cordão dunar 1,6 milhões de toneladas, na Praia da Vagueira, operação que tem custos muito elevados, só possível no âmbito de um projeto comparticipado como é o caso, ao abrigo do programa Polis.

"Andamos com este processo há uns anos sem conseguir libertar a zona e estamos a meter 1,6 milhões de toneladas no cordão dunar, juntamente com a Polis. Se estamos a vender 60 mil metros cúbicos, percebe-se a dimensão. Temos é de limpar aquela zona rapidamente porque precisamos daquela área para alargamento dos terminais", concluiu.

MSO // JAP

Lusa / Fim

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