Orquestra robótica da Sonoscopia com três espetáculos na Colômbia

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Porto Canal com Lusa

Porto, 08 jun (Lusa) -- A orquestra robótica desenvolvida pela Sonoscopia, do Porto, vai levar a associação cultural a Medellín, Manizales e Cali, na Colômbia, em junho, apresentando uma "versão mais portátil" que já tinham mostrado em Berlim e Nantes.

O primeiro dia na Colômbia será uma atuação no Museu de Arte Moderna de Medellín, em 12 de junho, com dois dias, 13 e 14, no Festival de la Imagen, em Manizales, terminando em Cali, no dia 15, no Museo La Tertulia.

Segundo Gustavo Costa, da Sonoscopia, a base é o trabalho que vem sendo desenvolvido "há alguns anos" para criar a "Phobos", o nome da orquestra, ainda que os espetáculos "sejam sempre diferentes, mais ou menos iguais mas incluindo alguma improvisação".

Este "grande conjunto de instrumentos totalmente automáticos", explica à Lusa, segue a tradição popularizada no século XIX com carrilhões e relógios musicais, a que se junta o aparecimento das novas tecnologias a música gerada por computador.

Os primeiros, os instrumentos, recebem uma instrução do segundo, o computador, "sem interação humana direta" necessária para que toquem, a que se juntam, aí sim, quatro músicos que trabalham "humanamente por cima disso", ao interagir com as notas ditadas pelo computador "de formas mais ou menos imprevisíveis", até porque alguns dos algoritmos apresentam "um comportamento propositadamente errático".

O interesse, conta o músico, está mesmo no desenvolvimento de "um sistema de quase autoalimentação de informação", uma vez que o próprio computador tem de reagir ao efeito da improvisação dos músicos, criando um ciclo de estímulos de dois sentidos, entre humano e digital.

Depois de Berlim e Nantes, a orquestra robótica sai da Europa numa estratégia de internacionalização que advém de a Sonoscopia estar integrada num "circuito internacional bastante coeso" da música experimental, pelo que o esforço de acolhimento de artistas, no espaço no Porto, acaba por dar frutos.

A visita de Jorge Barco, diretor do Museu de Arte Moderna, é disso exemplo, uma vez que este deu um concerto no Porto há quatro anos, e a associação cultural já passou por Tunísia, Líbano ou Estados Unidos.

Em breve, também o projeto "Sublumia" vai à América Latina, ao Uruguai e ao Chile, aqui no festival Tsonami, e em 2020 está já confirmado um "festival de música contemporânea no Irão".

"Sublumia" encontra-se em instalação no âmbito de uma mostra da associação no Palácio Vila Flor, em Guimarães, e explora "a água e os padrões visuais que são feitos através de sons que são submetidos debaixo de água", numa iniciativa "em constante evolução".

Outro dos destaques da exposição em Guimarães é a edição, marcada para 13 de julho, de uma "caixa grande com livro, quatro discos, um vinil e fotografias".

"Foi uma edição retrospetiva de grande parte do trabalho que temos feito na última década em coletivo e estamos bastante contentes por essa edição massiva e representativa", acrescenta.

Para 03 de agosto, está marcada mais uma edição do "menor festival de verão", como descrevem o No Noise, que organizam e voltam a levar para o Convento de Francos.

O cartaz será anunciado em breve, mantendo-se "dentro do espectro da música experimental" e no "caráter 'do it yourself" ('faz tu mesmo', em tradução livre).

SIF // MAG

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