PSD/Barcelos manifesta "profunda preocupação" com "futuro imediato" do município

| Política
Porto Canal com Lusa

Barcelos, Braga, 04 jun 2019 (Lusa) - O PSD de Barcelos manifestou hoje "profunda preocupação" com o "futuro imediato" do município, na sequência da prisão domiciliária do presidente da Câmara, considerando que se trata de uma "situação vergonhosa, muito grave e única" na história do concelho.

Em comunicado, o PSD questiona quais serão as consequências para o funcionamento do executivo municipal, no distrito de Braga.

Na segunda-feira, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto aplicou prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, ao presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, proibindo-o ainda de contactos com os funcionários do município.

Em causa está a operação "Teia", que se centra nas autarquias de Barcelos e Santo Tirso e no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, investigando suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto.

O PSD/Barcelos sublinha que o tribunal "impôs medidas altamente restritivas do exercício da função de presidente da Câmara e acrescenta que "os barcelenses têm motivos sérios para estar apreensivos quanto à governação do PS no município".

"Aguardamos que a Justiça faça o seu trabalho", diz ainda o comunicado social-democrata, lamentando o "momento negro e a imagem negativa para o concelho".

Costa Gomes está indiciado dos crimes de corrupção passiva e de prevaricação.

O seu advogado, Nuno Cerejeira Namora, já disse que o autarca se vai manter "em plenas funções", apesar da proibição domiciliária e da proibição de contacto com funcionários do município.

Na operação "Teia", são ainda arguidos o agora demissionário presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, que ficou em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 40 mil euros, e a mulher, a empresária Manuela Couto, que ficou em prisão domiciliária.

O outro arguido é o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, que também ficou em liberdade mediante caução de 20 mil euros, e com suspensão das funções que exercia.

VCP // ROC

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