Reino Unido: Partido Conservador espera eleger líder até 20 de julho
Porto Canal com Lusa
Londres, 24 mai 2019 (Lusa) - O partido Conservador pretende concluir o processo de eleição de um novo líder para suceder a Theresa May até 20 de julho, data prevista para começarem as férias de verão do parlamento britânico, anunciaram hoje os seus dirigentes.
Numa declaração conjunta, o presidente do Partido Conservador, Brandon Lewis, e os vice-presidentes do grupo parlamentar, Cheryl Gillan e Charles Walker, definiram o processo de seleção, decidido após consulta interna.
O calendário estipula que as nomeações para candidatura terminem na semana que começa a 10 de junho.
Seguem-se "sucessivas séries de votos até ser determinada uma escolha final de candidatos para serem submetidos à votação de todos os militantes do partido".
Apenas os deputados podem ser candidatos e são os restantes deputados que vão votar na primeira fase, num sistema eliminatório em que o candidato com o menor número de votos é suprimido da ronda seguinte, continuando até que restem dois candidatos.
"Esperamos que o processo seja concluído até ao final de junho, permitindo uma série de comícios em todo o Reino Unido, para que os militantes conheçam e questionem os candidatos, e depois votem a tempo de o resultado ser anunciado antes de o Parlamento ser suspenso para o verão", acrescentam.
Na declaração, os dirigentes mostram-se "profundamente conscientes de que os conservadores não estão apenas a selecionar a pessoa mais bem posicionada para se tornar o novo líder do partido, mas também o próximo primeiro-ministro do Reino Unido".
"Esta é uma responsabilidade solene, particularmente num momento tão importante para a nossa nação. Portanto, vamos propor que as eleições para a liderança envolvam oportunidades para pessoas que não são membros ou que ainda não votaram no partido Conservador se encontrarem com os candidatos e colocarem as suas perguntas também", prometeram.
A Theresa May, agradeceram a dedicação ao partido em várias funções, nomeadamente ativista, vereadora, deputada, presidente, ministra e primeira-ministra.
"Ela incorpora as melhores qualidades do serviço público e, com esta decisão, demonstrou mais uma vez o seu forte sentido de dever e de dedicação ao interesse nacional", vincam.
Enquanto primeira-ministra, May mantém-se em funções até que esteja em posição de dizer à rainha Isabel II quem esta deve nomear como sucessor, o qual, enquanto líder do partido do governo, torna-se também primeiro-ministro sem a necessidade de eleições legislativas.
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