AMP defende regionalização como "modelo desenvolvimento"
Porto Canal com Lusa
Porto, 09 Mar (Lusa) - O presidente da Área Metropolitana do Porto defendeu hoje que a regionalização não é "uma vontade catita das elites locais que querem partir o país aos bocados", mas uma oportunidade de coesão, que não significa mais cargos ou estruturas.
"Não se trata por isso de novos cargos, de novos 'jobs', nem de novas estruturas de ocupação de poder político, trata-se se sim de um novo tempo de desenvolvimento, de capacitação e reorganização", disse.
Àqueles que "acham que a regionalização pode ser uma espécie de vontade catita de umas elites locais que agora resolvem partir o país aos bocados", Eduardo Vítor Rodrigues lembra o exemplo do que foi conseguido, "num tempo relativamente curto", no que diz respeito aos transportes.
"Não há aqui alguém na sala que admita que há quatro anos, os municípios disponibilizariam aos dois e aos três milhões de euros do seu orçamento por ano para afetar aos transportes. (...) e se isto acontece, imaginem o que nós não seremos capazes de fazer pelo país (...)", defendeu.
O autarca que falava, no Porto, na sessão de encerramento de um seminário sobre descentralização e regionalização disse ainda temer que, enquanto se discute a regionalização, o tecido social fique cada vez mais fragilizado.
"Eu não temo que sejam os autarcas a ficar fragilizados (...), temo, isso sim, é que seja todo um tecido social muito mais alargado, onde incluo a economia social, a perder cada vez mais músculo, à medida que Lisboa não ganha músculo suplementar e fica atrofiada com o músculo que começa a ter que gerir", considero.
"Esse é para mim, o ponto que deve ser discutido enquanto modelo de desenvolvimento e não enquanto moda de reorganização e criação de mais uns lugares político-partidários para umas tantas elites", concluiu.
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