Portas reitera importância de "espírito de compromisso" para reforma do IRS
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 fev (Lusa) - O presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, insistiu hoje na importância do "espírito de compromisso" político e de "abertura" ao diálogo social para a concretização de uma reforma do IRS.
"Haverá uma comissão técnica que fará o seu trabalho, deve ter-se espírito de compromisso do ponto de vista político e espírito de abertura do ponto de vista do diálogo social", afirmou Paulo Portas.
O líder centrista falava à imprensa, numa declaração em que não respondeu a perguntas, antes da reunião da comissão política nacional do CDS-PP, na sede do partido, em Lisboa.
"Se há matéria que interessa a quem trabalha e a quem quer trabalhar é ter, progressivamente, com respeito pela prudência orçamental, um IRS mais justo", declarou, afirmando não entender a posição do PS, que, disse, sabe que não pode haver alteração da carga fiscal sem autorização da missão externa (FMI, BCE, Comissão Europeia).
Portas voltou a apontar 2015 como o ano para o início, "com prudência", de uma política de moderação do IRS, que tem que respeitar a prudência orçamental, que pode ser faseada no tempo, mas que deve ter como caminho certo um IRS mais amigo de quem trabalha e das empresas".
Na declaração à imprensa em que antecipou ideias da sua intervenção inicial perante os membros da comissão política, o líder do CDS referiu-se aos indicadores económicos, a começar pelos números que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje, um crescimento no quarto trimestre de 2013, o terceiro consecutivo com crescimento positivo.
"Não são apenas sinais ténues, como durante meses chamei, acho que estes números permitem aos portugueses ter esperança que 2014 seja um ano melhor", declarou, considerando que este é primeiro ano em que se pode falar da economia portuguesa "com crescimento", num Portugal "pós-'troika'".
Portas destacou os indicadores sobre as exportações, particularizando sobretudo o turismo, referindo que 2013 foi "o melhor ano de sempre" das exportações, em geral, e do turismo, em particular.
"Pedirei o empenho do partido e dos seus governantes para ajudar que este novo ciclo económico se consolide para criar mais condições para que empresas invistam e que esse crescimento seja suficiente para ir reduzindo globalmente - uns meses mais, outros menos -, mas, globalmente, o desemprego", sustentou.
O presidente centrista quis ainda sublinhar o apoio do CDS-PP ao "quadro de negociações" que o ministro da Administração Interna encetou com as forças de segurança, e quis igualmente saudar o aprofundamento da autonomia das escolas para organizarem o 'curriculum' escolar.
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