Coordenador de transportes da AMP admite deixar cargo por "divergências" com presidente
Porto Canal com Lusa
O coordenador da área dos transportes na Área Metropolitana do Porto (AMP), Marco Martins, admitiu esta quarta-feira "divergência de opiniões" com o presidente desta entidade, apontando que está a "ponderar se abandona ou não o cargo".
Atualizado 08-02-2019 12:30
"Já coloquei o meu lugar à disposição várias vezes e hoje [após serem conhecidas as verbas para o Passe Único para o Porto] foi a gota de água", disse Marco Martins que é também presidente da Câmara de Gondomar e que falava numa reunião camarária em resposta a perguntas colocadas pela oposição sobre a questão do passe único e da relação atual entre municípios na AMP.
À margem da sessão, em declarações aos jornalistas, Marco Martins, disse que a decisão de manter-se ou não como coordenador está reservada para esta noite: "Espero que a noite seja uma boa conselheira", disse.
Já questionado sobre se entrou em rutura com o líder da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, Marco Martins disse que "não", mas admitiu "divergências de opinião".
"Não entrei em rutura com ele [presidente da AMP] nem com ninguém, mas temos divergências de opinião que são legítimas. Não quero criar polémicas e confusões, quero promover e incentivar a mobilidade na AMP", referiu.
Confrontado com esta posição, em declarações à agência, Eduardo Vítor Rodrigues, disse esporear que Marco Martins não abandone o cargo.
"Com franqueza espero que isso não aconteça porque acho que o presidente da Câmara de Gondomar tem tido um papel muito importante neste processo e na área dos transportes. Seria uma pena que tomasse uma posição destas agora que chegamos a uma fase final do passe único e a uma fase final do concurso na AMP. Espero que a almofada seja boa conselheira", referiu.