Costa quer aprovar Lei de Bases da Saúde com maioria que "criou e defendeu SNS"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 25 jan (Lusa) -- O primeiro-ministro disse hoje querer aprovar a nova Lei de Bases da Saúde, "não com uma maioria qualquer", mas com a maioria que "criou, apoiou e desenvolveu o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", excluindo o PSD desse processo.
No debate quinzenal, António Costa foi confrontado pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, com o aumento da mortalidade infantil entre 2017 e 2018, considerando grave que tenha piorado um dos indicadores "na origem do SNS".
"Há uma coisa que posso garantir: na origem do SNS não está o PSD, porque o PSD votou contra o SNS. É por isso que é muito importante que a Lei de Bases da Saúde em discussão na Assembleia da República seja aprovada, não por uma maioria qualquer, mas pela maioria que criou, apoiou, defendeu e desenvolveu o SNS e nessa maioria V.Exa. não se inclui", respondeu o primeiro-ministro.
Fernando Negrão desafiou, por várias vezes, António Costa a explicar a falta de vários medicamentos essenciais aos doentes portugueses nas farmácias, com o primeiro-ministro a garantir que "o Governo não vai abrir farmácias".
"O Estado não se pode deixar capturar pelas estratégias comerciais dos laboratórios e das empresas de distribuição do circuito farmacêutico", afirmou Costa.
Na resposta, o líder parlamentar do PSD acusou o primeiro-ministro de "insensibilidade social" e até de ter um discurso "neoliberal", por não querer intervir na política do medicamento.
"É de uma desumanidade essa resposta, de uma insensibilidade, o senhor tem pelos no coração", acusou Negrão.
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