Atlânticoline recorreu a tribunal porque "corria o risco" de perder 8ME com o Atlântida

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Porto Canal / Agências

Ponta Delgada, 12 fev (Lusa) - O presidente da Atlânticoline declarou hoje que a empresa "corria o risco" de não ser ressarcida de oito milhões de euros, daí ter avançado judicialmente com um pedido para anulação do concurso público de venda do navio Atlântida.

"Tendo a Atlânticoline a penhora do navio Atlântida e, obviamente, contando com a receita da sua venda para ser ressarcida dos valores que os Estaleiros de Viana do Castelo não liquidaram ao abrigo do acordo estabelecido, avançámos para esta opção", referiu Carlos Reis, em declarações à agência Lusa.

O Jornal de Negócios noticiou hoje que a Atlânticoline pediu ao Tribunal de Execução de Lisboa para anular o concurso público para a venda do navio Atlântida, defendendo, em alternativa, a sua venda direta.

Carlos Reis explicou que a Atlânticoline tem seguido as informações que têm vindo a público sobre a venda do Atlântida: "Começaram por ser de 29 milhões de euros, que era o quanto valeria, tendo, posteriormente, o concurso público sido lançado por 20 milhões, surgindo agora as últimas notícias que indicam que não haverá diferencial de preço".

"Começámos a perceber que corríamos efetivamente o risco de a venda do navio não proporcionar uma receita que permitisse a nossa compensação. Daí termos avançado com uma providência em que pedimos ao tribunal a sua venda direta", explica Carlos Reis.

O presidente da transportadora marítima açoriana declarou que o valor de oito milhões de euros que a Atlânticoline pretende receber corresponde à última parcela do acordo firmado com o Estaleiros de Viana do Castelo e consequentes juros que entretanto decorreram.

Carlos Reis recordou que o acordo firmado com os estaleiros foi celebrado a 23 de dezembro de 2009 e o valor total a pagar é de 40 milhões de euros, estando em falta os oito milhões.

Construído pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para operar nos Açores, o navio acabou por ser recusado pela região por não cumprir a velocidade contratada.

Fonte da administração dos Estaleiros de Viana do Castelo disse à Lusa que o caderno de encargos deste concurso público de venda terá como único critério a melhor proposta financeira.

Os candidatos que apresentarem as três melhores propostas financeiras serão convidados pelo júri do concurso a melhorar a oferta, antes da decisão final.

Contudo, a administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo reserva a possibilidade de não aceitar propostas que não considere vantajosas, indicou a mesma fonte.

JYAM // ROC

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