Castelo de Paiva admite dificuldades para extinguir combustão de resíduos no Pejão

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Porto Canal com Lusa

Castelo e Paiva, Aveiro, 14 dez (Lusa) - O presidente da Câmara de Castelo de Paiva disse hoje não ter ocorrido qualquer paragem nos trabalhos de extinção da combustão de resíduos das antigas minas do Pejão, admitindo, porém que são mais complexos do que o previsto.

Gonçalo Rocha explicou que a extinção do terceiro e último foco de combustão subterrânea, na zona da Serrinha, atribuída à Empresa de Desenvolvimento Mineiro, tem obrigado ao empenho de meios mais significativos, porque a combustão ali é mais intensa devido à maior quantidade de carvão no subsolo.

Essa dificuldade, frisou, obrigou à negociação de terrenos próximos para a colocação de meios técnicos pesados afetos aos trabalhos em curso, nomeadamente maquinaria, para tentar debelar a combustão.

A declaração do autarca ocorre depois de o deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, em declarações à Lusa, ter hoje manifestado preocupação com o atraso na extinção da combustão de resíduos das antigas minas do Pejão, situação que, disse, continua a provocar vapores e cinzas, preocupando a população.

O parlamentar disse ter sido contactado por populares que se queixam da situação na freguesia de Pedorido, onde se continua a observar cinzas, vapores e fumos.

Queixam-se ainda de que os trabalhos teriam parado nas escombreiras. Na segunda-feira, Moisés Ferreira vai deslocar-se ao local para se encontrar com a população.

O presidente do município disse à Lusa compreender a preocupação do deputado e da população e mostrou-se disponível para prestar todos os esclarecimentos.

Anotou, contudo, que "tudo está a ser feito", com as soluções técnicas existentes, incluindo a importação de um produto específico dos Estados Unidos da América, para resolver o problema "o mais rapidamente possível". Referiu, a propósito, que a tutela, face à dimensão da operação, já reforçou as verbas inicialmente disponibilizadas para os trabalhos.

Na próxima semana, indicou, o abastecimento de água para as operações, inicialmente assegurado por autotanques dos bombeiros, vai passar a ser garantido pela rede de abastecimento doméstico, o que permitirá reforçar a cadência dos trabalhos.

Máquinas de rasto também atuarão no local.

Os focos de combustão subterrânea nas escombreiras das antigas minas de carvão do Pejão foram despoletados pelo grande incêndio que lavrou no concelho de Castelo de Paiva em outubro do ano passado. Nos meses subsequentes, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), por indicação da tutela, procedeu à extinção dos dois primeiros focos, ficando previstas para os meses seguintes as operações relativas ao terceiro e último foco.

Gonçalo Rocha informou hoje que na segunda-feira vai realizar-se, nos Paços do Concelho, uma reunião que juntará representantes de todas as entidades envolvidas nas operações, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, autoridades de saúde, a Agência Portuguesa do Ambiente e a EDM.

Na reunião, marcada para as 10:00, previu o autarca, será feito o ponto da situação, avançados dados daquilo que foi já conseguido e analisados os dados sobre a monitorização da qualidade do ar.

Questionado sobre o prazo estimado para a extinção definitiva da combustão, o presidente da câmara disse não ter ainda dados para poder avançar com essa indicação, mas mostrou-se esperançado na obtenção de progressos significativos nas próximas semanas.

APM // MSP

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