CDS diz que "responsabilidade" da "austeridade mascarada" é de PS, BE, PCP e PEV

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 dez (Lusa) - O líder parlamentar do CDS-PP acusou hoje o Governo e os partidos que o apoiam no parlamento de "responsabilidade" pela " austeridade mascarada" e atual degradação dos serviços públicos, no encerramento da interpelação ao Governo sobre infraestruturas.

"Do PS, do BE, do PCP e do PEV é caso para dizer que a farsa acabou. Quatro anos, quatro orçamentos depois de tomado o poder que as urnas não vos deram, a responsabilidade é toda vossa. Não planearam, não organizaram, não executaram, não cumpriram, não governaram e agora até indemnizações devidas a concidadãos que deixaram sem proteção regateiam nos tribunais", afirmou Nuno Magalhães.

Para o deputado centrista, "os portugueses, hoje, percebem que afinal a austeridade não acabou, que a promessa de investimento nos serviços do Estado era só isso, uma promessa, e que o Estado abandonou uma parte de Portugal à sua sorte".

"Se não é do tempo, é da Europa. Se não é dos privados é das autarquias locais, Se não é da conjuntura internacional é das classes profissionais que são ingratas e irresponsáveis e protestam, mas sempre e sempre em qualquer caso a responsabilidade maior é a do anterior Governo que cometeu a 'maldade' de tirar o país da bancarrota socialista", ironizou.

Nuno Magalhães, referindo-se especificamente a BE e PCP, voltou a insistir que, "quase quatro anos depois, quatro orçamentos e quatro votos a favor já não são só cúmplices, são autores materiais de uma política de austeridade mascarada".

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, condenou o "alarmismo" de CDS-PP e PSD pela descrição negativa que fizeram do estado das infraestruturas, serviços públicos e nível de investimento do executivo socialista.

"Eis o estado desta oposição que algures, no momento em que o país ultrapassou criação de 300 mil empregos na legislatura, com aumento dos abonos família, do salário mínimo nacional e das pensões, perdeu o discurso, perdeu o Norte, não sabe como fazer oposição e vem para aqui com discurso passadista, sem futuro, e que nem do presente se quer ocupar", lamentou.

Segundo o responsável pela tutela, o Governo fez "o trabalho de casa" e pode afirmar que, "em 2018, duplica o investimento da Infraestruturas de Portugal e ferroviário", adiantando que há já "300 quilómetros de obra na ferrovia", designadamente nas linhas de Minho, Beira-Baixa, Norte, Douro, entre outras.

HPG // ZO

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