Associação de Guarda diz que GNR deveria ter formalizado queixa após agressões a formandos

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 dez (Lusa) -- O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) disse hoje que a GNR deveria ter formalizado queixa quando tomou conhecimento do alegado espancamento de dez formandos em treinos num curso em Portalegre.

"Quando a Guarda tomou conhecimento deveria ter informado", disse César Nogueira em declarações à agência Lusa, referindo-se aos inquéritos entretanto abertos pelo Ministério Público e pela Inspeção-Geral da Administração Interna.

"A GNR é um órgão de polícia criminal, é uma autoridade, e por isso tem uma responsabilidade acrescida", disse.

Cerca de dez formandos do 40.º curso de guardas do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

A notícia foi avançada pelo jornal de Notícias, referindo que as alegadas agressões ocorreram entre 1 de outubro e 9 de novembro.

A Guarda Nacional Republicana confirmou à Lusa a ocorrência numa ação de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

Para César Nogueira, um processo de incidentes não é um processo de averiguações.

No domingo, o Ministério da Administração (MAI) Interna ordenou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

Já o Ministério Público anunciou hoje que abriu inquérito de natureza criminal para investigar o alegado espancamento de dez formandos da GNR em treinos num curso em Portalegre.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a procuradora-geral da República (PGR) referiu que "o Ministério Público determinou a instauração de inquérito relacionado com a matéria".

O presidente da Associação de Profissionais da Guarda disse esperar que estas diligências tenham consequências caso se dê como provada a ocorrência de agressões que "acredita terem existido tendo em conta os relatos".

"Que se tire consequências e que a GNR transmita aos dispositivos para que isto não volte a ocorrer", frisou esperando que este seja um caso isolado.

GC CMP/FC/PL) // HB

Lusa/Fim

+ notícias: País

Restaurantes têm dois meses para deixar de vender copos de plástico de uso único

Os estabelecimentos comerciais de bebidas e restaurantes de Lisboa vão dispor de 60 dias para começaram a aplicar as regras que proíbem a venda para fora de copos de plástico de utilização única, após o que arriscam ser multados.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.