Tetraplégico em protesto na AR desmobilizou e vai reunir-se terça-feira com o Governo

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 dez (Lusa) -- O tetraplégico que esteve em protesto no fim de semana à porta do parlamento suspendeu a iniciativa no domingo à noite e vai reunir-se na terça-feira com o Governo para tentar encontrar uma solução para o problema.

Em declarações à agência Lusa, Eduardo Jorge explicou que foi visitado ao final do dia de domingo pelo Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, e pela secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, a quem explicou os motivos do protesto e pediu alterações na legislação para que os problemas detetados fossem resolvidos.

"O Presidente apareceu e disse que estava ali para me ouvir e eu expliquei que tinha também convidado a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência (...). Entretanto, ela chegou, dirigiram-se a mim e eu expliquei aquilo que eram as minhas maiores preocupações, que é a demora da implementação deste projeto de vida independente e o facto de não haver a transição que sempre propusemos para que nós, pessoas institucionalizadas, pudéssemos da melhor maneira optar pela vida independente", explicou à Lusa Eduardo Jorge.

Eduardo Jorge diz que desmobilizou "graças ao PR", que, com a secretária de Estado presente, disse que era preciso "conversar e [ver] se não se poderia alterar o decreto-lei ou fazer uma adenda". "Aí, então, marcou-se esta reunião", sublinhou.

Apontou ainda a dificuldade que têm as pessoas na sua condição, que estão em lares/ERPI (Estrutura Residencial para Idosos), em poder optar por continuar lá, mas, ao contrario do que a lei define, não terem assistência 24 horas/dia no exterior.

"Se eu à noite sair do trabalho, ou da instituição, em posso querer ir para minha casa, ou até, por exemplo, durante um periodo de férias, mas o lar não nos dá esse apoio fora", explicou, apontando igualmente as verbas disponibilizadas para este tipo de apoios.

"Estou inscrito num Centro de Apoio à Vida Independente [CAVI] no distrito de santarém e a grande preocupação é: se houve 1,4 milhões para cada CAVI, uma vez que eles têm outras valências - lares, apoio domiciliário, centros de apoio ocupacional - e têm vários utentes, vão querer disponibilizar a resposta ao maior número possível de utentes (...) e as verbas não vão chegar", afirmou.

Para Eduardo Jorge, todos os que estão em condições idênticas à sua, que por lei teriam direito a até 24h/dia de apoio, não o vão poder ter porque as verbas serão insuficientes.

"Conheço pelo menos quatro CAVI na minha zona que se candidataram a apoio 24h/dia e o dinheiro não vai chegar e, claro, vão ter de optar por um ou dois", lamentou.

SO // SB

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