Governantes deviam ser punidos pelo que estão a fazer ao Interior

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Porto Canal / Agências

Vinhais, 07 fev (Lusa) -- O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, comparou hoje o encerramento de serviços públicos no interior do país a gestão danosa e defendeu que "os governantes deviam ser punidos pelo que estão a fazer".

"O Governo está a fazer um péssimo negócio, se isto fosse no âmbito de uma empresa privada chamar-se-ia a isto administração danosa e os administradores que gerem as empresas provocando-lhes dano, isto é, com intenção, são punidos e estes governantes também deviam ser punidos", declarou.

O autarca socialista, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Trás-os-Montes falava no final de uma reunião deste organismo e no dia em que receberá ao final da tarde, em Vinhais, o primeiro-ministro Pedro Passo Coelho e em que promete dizer-lhe "aquilo que o país todo dos territórios de baixa densidade populacional gostaria de lhe dizer".

O autarca concretizou que "os municípios têm feito um grande esforço ao longo dos anos no sentido de se capacitarem, construindo equipamentos, dando qualidade de vida às pessoas, estradas, piscinas, saneamentos" e o Governo "não pode estar a dar dinheiro aos municípios para os capacitarem para que construam equipamentos e, por outro lado, retirar serviços absolutamente fundamentais desses mesmos municípios para as pessoas viverem como a saúde, tribunais, finanças, correios".

Os municípios, continuou, "estão disponíveis para negociar com o Governo todas as reformas que sejam necessárias, inclusive a suportar alguns custos se for necessário, no entanto tudo com o objetivo de que estes serviços se mantenham nestas regiões porque são absolutamente fundamentais para as pessoas e são absolutamente fundamentais para a coesão social e territorial, para o país no seu conjunto".

"Isto o senhor primeiro-ministro vai ter que ouvir, vai ter que perceber e deveria seguir isto sob pena de estar a fazer uma má gestão da política e das medidas políticas que são tomadas", frisou.

Américo Pereira falava no final de uma reunião da CIM Trás-os-Montes, em Vinhais, que serviu para as nove autarquias desta comunidade discutirem a retirada de serviços e equipamentos públicos da região, nomeadamente a ligação aérea Bragança, Vila Real, Lisboa, a ameaça da perda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), depois da recusa de mais uma providência cautelar, outros problemas na saúde e o encerramento de tribunais.

O presidente da CIM- Trás-os-Montes afirmou que estão à espera de reunir até ao final do final com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, que convidaram para a reunião de hoje em Vinhais, mas não esteve presente.

Os autarcas reiteraram que vão recorrer "até às últimas instâncias" judiciais para impedir a retirada do meio de socorro aéreo do Nordeste Transmontano.

HFI // ZO

Lusa/fim

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