Historiadora Bettany Hughes recebe hoje o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 nov (Lusa) - A historiadora britânica Bettany Hughes recebe hoje, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural/2018.

O prémio foi atribuído à historiadora, no passado mês de junho, pela "sua maneira de comunicar o passado de forma popular e entusiasmante", segundo a declaração do juri.

Na cerimónia de hoje, às 18:30, no auditório 03 da Fundação Gulbenkian, à qual assiste a minsitra da Cultura, Graça Fonseca, será também apresentado o projeto português vencedor do Prémio da União Europeia para Património Cultural/Prémios Europa Nostra/2018, atribuído à reabilitação do Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz, nos arredores de Lisboa.

Este projeto venceu igualmente o Prémio Europa Nostra Escolha do Público, tendo sido a primeira vez que Portugal recebeu este galardão.

A cerimónia encerra com a leitura de uma mensagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A escolha da historiadora britânica "tem por objetivo homenagear a personalidade excecional de Hughes, demonstrada repetidamente na sua maneira de comunicar o passado de forma popular e entusiasmante", e tem em conta a necessidade "vital de construir uma visão da nossa identidade multifacetada", numa era de nacionalismos e populismos, como se lê na declaração do júri, publicada no 'site' do CNC.

"Bettany Hughes conta histórias do passado que atravessaram milénios, mantendo o seu significado nos dias de hoje", lê-se na declaração da presidente do CNC, Maria Calado, feita em nome do júri. "Na sociedade atual, a influência do nacionalismo e do populismo parecem crescer facilmente, tornando-se vital construir uma visão da nossa identidade multifacetada e abrir as portas para a rica herança de que beneficiamos".

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva foi instituído em 2013 pelo CNC, em cooperação com a Europa Nostra, organização europeia de defesa do património que o CNC representa em Portugal, e o Clube Português de Imprensa, para contribuições excecionais para a proteção e divulgação do património cultural e dos ideais europeus.

Na ocasião, em junho último, quando foi divulgada a vencedora, Bettany Hughes afirmou-se "muito emocionada com a decisão do júri".

"Sinto-me verdadeiramente honrada, tanto pela escolha como pela associação ao nome de Helena Vaz da Silva. Este prémio inspira-me a redobrar os meus esforços no sentido de apoiar, celebrar e salvar o património da Europa", afirmou Bettany Hughes, citada no comunicado do CNC.

Membro da Universidade de Oxford, investigadora especializada na História e na Cultura da Antiguidade e da Idade Média, Bettany Hughes é também responsável por programas de televisão e de rádio, há cerca de 25 anos, tendo igualmente chamado a atenção para a posição das mulheres na sociedade, tanto no passado como no presente.

Foi professora em Cambridge, Cornell, Bristol, Maastricht, Utrecht e Manchester, é tutora do Institute of Continuing Education da Universidade de Cambridge e Research Fellow do King's College de Londres, devendo este ano juntar-se ao New College of the Humanities como professora visitante.

O seu primeiro livro, "Helena de Troia: Deusa, Princesa, Prostituta" está publicado em Portugal (Alêtheia, 2008).

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva (1939-2002) recorda a jornalista portuguesa, escritora, ativista cultural e política, "e a sua notável contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus", recorda o CNC.

Todos os anos é atribuído anualmente a um cidadão europeu que se tenha "distinguido pela difusão, defesa, e promoção do património cultural da Europa, quer através de obras literárias e musicais, quer através de reportagens, artigos, crónicas, fotografias, cartoons, documentários, filmes de ficção e programas de rádio ou televisão".

O escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva em 2013, ao qual se seguiram o escritor turco, distinguido com o Nobel da Literatura Orhan Pamuk, em 2014, o músico espanhol Jordi Savall, em 2015, o cartoonista francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o ensaísta português Eduardo Lourenço, 'ex aequo' em 2016, e, no ano passado, o cineasta alemão Wim Wenders.

NL // MAG

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