Parvalorem aguarda contacto formal da Christie's sobre obras de Miró

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 06 fev (Lusa) -- O presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite, disse hoje à Lusa que a empresa está a aguardar um contacto formal da leiloeira Christie's para, em conjunto, tomarem uma decisão sobre os 85 quadros de Miró a leiloar.

"Nós aguardamos um contacto formal da leiloeira para conversarmos e tomarmos uma decisão sobre o assunto, que naturalmente terá de ser encontrada entre as partes", salientou à agência Lusa Francisco Nogueira Leite, explicando que os quadros continuam em Londres.

A leiloeira Christie's afirmou-se na quarta-feira disposta a realizar o leilão dos 85 quadros de Miró, provenientes do antigo Banco Português de Negócios (ex-BPN), depois de resolvido o diferendo nos tribunais portugueses, na sequência de duas providências cautelares interpostas.

A declaração da leiloeira foi feita depois de o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, a ter responsabilizado pela gestão da venda - incluindo o processo de saída dos quadros de Portugal -, afirmando que o Governo permanecia decidido a vender "a curto prazo" as obras de Miró do ex-BPN.

"Nós já sabemos que a leiloeira está disposta a honrar o seu contrato noutra altura. Estamos disponíveis para falar sobre isso, mas, neste momento, não há nenhuma negociação em curso", sublinhou.

O presidente da Parvalorem, empresa estatal para a recuperação de créditos do antigo BPN, disse estar confiante de que haverá nos próximos dias uma conclusão sobre o assunto.

"É preciso manter toda a serenidade e toda a tranquilidade sobre isto, porque uma coisa são os factos e outra coisa são o que alguns jornais dizem", declarou à Lusa.

No que diz respeito à suspensão do leilão por parte da leiloeira, Francisco Nogueira Leite adiantou que a Parvalorem não vai pagar qualquer indemnização à Christie's.

"Não há motivo para pagarmos o que quer que seja, uma vez que foi a leiloeira que suspendeu o leilão. Portanto, nesse contexto, não há qualquer motivo e nós não nos sentimos com obrigação de pagar o que quer que seja", frisou.

A Parvalorem referiu quarta-feira, em comunicado, que o contrato que tem com a Christie's, diz ser competência da leiloeira "requerer e obter todas as licenças e autorizações necessárias para dar exequibilidade zelosa e cabal a todos os serviços contratados, nomeadamente no que diz respeito à exportação para venda, embalagem, recolha, transporte, depósito, exposição, leilão, venda e entrega das obras de arte ao respetivo comprador', não suportando estas Sociedades qualquer encargo".

Na terça-feira, o Ministério Público interpôs, no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, uma segunda providência cautelar para suspensão das deliberações e atos referentes à alienação das obras de Miró, disse à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Numa resposta enviada à agência Lusa, a PGR esclareceu que esta providência cautelar corre em paralelo com uma outra interposta na segunda-feira no mesmo Tribunal, salientando que foi "através da prova produzida no âmbito de diligências dessa primeira providência cautelar que o Ministério Público teve conhecimento de atos suscetíveis de desencadearem a segunda providência".

O leilão foi cancelado pela Christie's depois de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter rejeitado a primeira providência cautelar e alertado para ilicitudes no processo de expedição das obras.

DD (BM/SO) // ARA

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