Acordo de parceria 2014-2020 "é um sinal de esperança para a região" Norte - CCDR-N

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Porto Canal / Agências

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes, afirmou hoje que o acordo de parceria 2014-2020 entregue pelo Governo em Bruxelas é "um sinal de esperança para a região".

"Os dados que temos do acordo de parceria e da sua organização são interessantes e inovadores e são, nesta fase, um sinal de esperança para a região", afirmou Emídio Gomes em declarações à agência Lusa à margem de um almoço debate sobre "O papel da região Norte no processo de reindustrialização da economia portuguesa", organizado no Porto pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

Segundo o presidente da CCDR-N, "a região do Norte tem que aspirar a poder convergir com a ajuda" dos recursos do novo quadro de fundos comunitários para o período 2014-2020 - o Portugal 2020 - e os "indicadores que há do acordo de parceria e das intenções do Governo fazem acalentar essa esperança".

Na sua intervenção no almoço debate, Emídio Gomes destacou o papel da região Norte na economia portuguesa e, nomeadamente, na posição de destaque que poderá assumir "neste novo contexto da chamada reindustrialização do país".

Apontou, nomeadamente, a "dinâmica exportadora do segmento [de empresas] PME Líder da região e o desafio existente ao nível "das políticas da inovação, do emprego e da qualificação do emprego".

"O caminho a seguir, do meu ponto de vista, passa claramente pela qualificação do emprego e pelo impacto que isto pode ter no aumentar do 'superavit' da balança comercial da região e do enorme contributo para o país que o Norte pode dar", 'de per si' e com a ajuda do novo QREN [Quadro de Referência Estratégica Nacional]", sustentou.

De acordo com Emídio Gomes, a recuperação da região ao longo dos vários quadros comunitários aconteceu "muito mais em termos da produtividade do trabalho do que dos níveis de emprego", o que justifica as ainda elevadas taxas de desemprego registadas no Norte.

Em declarações à Lusa também a propósito do almoço debate, o presidente da ANJE defendeu que a nova vaga de fundos estruturais traduza uma aposta na reindustrialização do país e nas indústrias exportadoras de bens transacionáveis.

Também essencial, para João Rafael Koehler, é que os fundos do Portugal 2020 sejam atribuídos e geridos de forma "equitativa, territorialmente responsável e geograficamente bem medida".

"Não faz sentido Portugal continuar a investir em regiões do país que não são elegíveis", sustentou, destacando "rejeitar em absoluto" o designado efeito 'spill over', que permite a regiões não elegíveis beneficiar de fundos comunitários com base nas "externalidades positivas" que esse investimento apresenta para o resto do país.

"Isso não faz sentido e espero que, desta vez, não se repita", sustentou.

Esclarecendo não defender "propriamente uma aposta no Norte", João Rafael Koehler advoga antes o investimento "em indústrias que sejam exportadoras e que estejam na área dos bens transacionáveis, para trazer valor acrescentado quer às empresas, quer ao país".

"Portugal está já muitíssimo bem servido de rede viária e está, em termos de infraestruturas, quase absolutamente preenchido, portanto a ideia de que não vai ser investido dinheiro em rotundas, autoestradas, pontes ou túneis é uma boa notícia", considerou.

Para a ANJE, "o dinheiro deve ser deslocalizado para outras áreas, sejam elas tradicionais ou com provas dadas de sucesso" como é o caso das indústrias têxtil e do calçado.

"Estes bons resultados que temos tido, quer na indústria têxtil, quer na indústria do calçado, devem ser repetidos e o investimento tem que continuar, porque o país já conseguiu provar o que consegue fazer", concluiu.

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