Familiares das vítimas do Meco insistem em falar com único sobrevivente

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Porto Canal

Os familiares dos seis jovens que morreram em dezembro, na praia do Meco, formalizaram hoje o pedido para serem assistentes no processo, em fase de inquérito, e apelaram ao único sobrevivente da tragédia para que fale com eles sobre o que aconteceu.

À saída do Tribunal Judicial de Almada, Fátima Negrão e Fernanda Cristovão, familares das vítimas, disseram que têm recebido centenas de e-mails de jovens com informações que podem ter interesse para a investigação e que, uma vez selecionados, são reancaminhados para as autoridades competentes que lideram o processo.

"Não estamos a fazer uma investigação à parte. Estamos a fazer o nosso trabalho de casa", declarou Fátima Negrão aos jornalistas, revelando que, no total, já receberam cerca de 300 e-mails com informações relacionadas com o que se terá passado no Meco.

Insistindo que o único objetivo é a descoberta da verdade, as mães de Pedro Tito Negrão e Catarina Soares, Fátima Negrão e Fernanda Cristovão, respetivamente, apelaram a todos aqueles que disponham de informação relevante que enviem os dados ou até fotografias, e aproveitaram para insistir na ideia de que gostariam de falar com o único sobrevivente, João Miguel Gouveia, apontado como Dux da Comissão Oficial de Praxes Académicas da Lusófona.

"Ele ainda não falou connosco", lamentaram ambas as mães, observando que isso seria uma "situação normalíssima". Asseguraram que vão "continuar a insistir" para que tal conversa aconteça.

Fontes ligadas ao processo admitem que João Miguel Gouveia deverá ser ouvido em breve pelos investigadores, tendo Fátima Negrão confirmado que há indicações de que o jovem e único sobrevivente manteve recentemente uma reunião com responsáveis da Universidade Lusófona.

Vítor Parente Ribeiro, advogado das famílias das vítimas, disse que a constituição destes como assistentes é o "primeiro passo" no sentido da descoberta da verdade, observando que não há qualquer desconfiança quanto às linhas de investigação que o Ministério Público e a PJ estejam ou venham a adoptar no inquérito à morte dos seis jovens.

O advogado pediu que a investigação seja "célere", dizendo acreditar que o Ministério Público e a Polícia Judiciária não precisem do prazo máximo previsto na lei para os inquéritos para chegar a uma conclusão sobre a ocorrência.

Vítor Parente Ríbeiro disse desconhecer se o processo está, ou não, em segredo de justiça, notando que a vantagem de os familiares se constutírem assistentes é a de terem acesso aos despachos e poderem pedir a realização de certas diligências que podem ser importantes para o apuramento da verdade.

"Às famílias, o que interessa é a descoberta da verdade", enfatizou o causídico.

As seis vítimas que morreram na praia do Meco (quatro raparigas e dois rapazes) faziam parte de um grupo de sete estudantes universitários que tinham alugado uma casa na zona, para passar o fim de semana.

Segundo as autoridades, uma onda arrastou-os na madrugada de 15 de dezembro, mas um dos universitários conseguiu sobreviver e dar o alerta. Os corpos dos restantes foram encontrados nos dias que se seguiram.

Numa carta enviada à agência Lusa, a família de João Miguel Gouveia, o único sobrevivente do grupo de universitários, sublinha: "No local certo e perante as instâncias competentes, no tempo necessário para que todas as diligências sejam efetuadas, o sobrevivente prestará todos os esclarecimentos".

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