É "perigoso" decidir saída da 'troika' por razões eleitorais - Marcelo Rebelo de Sousa

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 jan (Lusa) -- O social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje que será "perigoso" se o Governo decidir se pede ou não um programa cautelar, no final do atual resgate financeiro, "por razões eleitorais".

"Espero que a decisão que seja tomada pelo Governo não seja por razões eleitorais. Como há eleições europeias este ano, em cima da decisão [de pedir ou não um programa cautelar], e depois há legislativas para o ano, pode em teoria haver uma tentação muito grande que é -- à portuguesa -- empurrar com a barriga para a frente", afirmou o professor aos jornalistas à margem de uma conferência organizada hoje em Lisboa pela CV&A Consultores.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, "isto é perigoso", pelo que o Governo deve "pensar no que tem para este Governo e para o que vier a seguir".

Questionado sobre as afirmações do ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira que defendeu um novo acordo de concertação social após a saída da 'troika' e um consenso político entre o PS e o PSD, Marcelo Rebelo de Sousa concordou que é preciso "um acordo mínimo" que inclua também o CDS.

"Há muita gente no PS, no PSD, no CDS e até independentes que sente que é preciso um acordo. Depois podemos discutir o que cobre o acordo: a parte financeira, as grandes obras públicas, a revisão constitucional, a reforma do Estado? Agora que é preciso é, porque daqui até 2020 [extensão do próximo quadro de fundos comunitários] vai haver três governos", disse o professor universitário, defendendo que "os três principais partidos deviam ter um acordo mínimo".

ND // ATR

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.