"É sintomático" que quem esperava 2.º resgate defenda hoje "saída limpa" - Mota Soares
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 jan (Lusa) - O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social afirmou hoje que "é sintomático" que quem defendia que Portugal ia precisar de um segundo resgate diga hoje que o país tem de terminar o programa "de forma limpa, sem cautelar".
"A capacidade de cumprimento do programa de assistência demonstrada nos últimos dois anos pode ter criado a ilusão em muitas pessoas de que talvez essa tarefa não fosse assim tão difícil", afirmou Pedro Mota Soares, hoje em Lisboa, numa conferência organizada pela CV&A Consultores sobre o futuro depois da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).
Para o ministro, "é sintomático que aqueles que diziam há seis meses que Portugal iria cair num segundo resgate hoje digam que Portugal tem de sair do período de ajustamento de forma limpa, sem um cautelar".
Pedro Mota Soares defendeu, assim, que "o simples facto de haver hoje várias hipóteses em aberto demonstra bem a importância do caminho" que foi feito.
O governante sublinhou ainda a importância do "estreito diálogo com os parceiros sociais", referindo que "essa é seguramente uma aposta para o futuro".
"Por via da concertação social, conseguimos alcançar grandes compromissos, enfrentar algumas imposições que a 'troika' nos queria colocar e responder aos mais importantes desafios", afirmou.
O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social participava numa conferência em que também marcou presença John Bruton, antigo primeiro-ministro da Irlanda, país que terminou o resgate internacional a 15 de dezembro de 2013 e optou por não requerer uma linha de crédito cautelar.
ND // ATR
Lusa/fim