Incêndios: Comissão distrital diz que alerta britânico "não é bom" para o Algarve

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Porto Canal com Lusa

Loulé, Faro, 09 ago (Lusa) - O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Faro disse hoje que "não é bom para o Algarve" o Reino Unido ter emitido um alerta a aconselhar os britânicos a não viajar para zonas portuguesas afetadas pelos incêndios.

"Nós sempre tentámos transmitir a ideia de que o Algarve continua a ser e é um destino seguro, que protege quem é de alguma forma afetado por esta questão", referiu Jorge Botelho, após uma reunião deste órgão em Loulé, no distrito de Faro.

O também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal) e, por inerência, da Comissão Distrital de Proteção Civil, sublinhou que "há zonas do Algarve onde isto não está a acontecer".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido emitiu na quarta-feira um alerta, que continua hoje válido, a aconselhar os britânicos a não viajar para as zonas de Portugal afetadas pelos incêndios, como o Algarve.

"Para sua própria segurança, não é aconselhável viajar para as áreas afetadas pelos incêndios. Se já estiver na área, siga as instruções da polícia e das autoridades da proteção civil portuguesas", lê-se no aviso colocado no 'site' do ministério britânico.

Na página, são indicados os contactos dos serviços consulares do Reino Unido em Portugal e recorda-se que cerca de 2,3 milhões de britânicos visitaram o país em 2016, de acordo com dados oficiais.

O 'site' menciona concretamente o incêndio de Monchique, que deflagrou na sexta-feira, afetando também outros concelhos, e cujo fumo é visível das zonas de praias.

Jorge Botelho afirmou aos jornalistas que o sistema de proteção civil "verdadeiramente funcionou" no apoio às pessoas afetadas pelo fogo que lavra no Algarve.

"O sistema de proteção civil - e nós reunimo-nos com todos os atores - verdadeiramente funcionou no apoio às populações, aos desalojados, às pessoas que tiveram de sair de casa e de ser acolhidos nos sítios de recolha e de encontro das pessoas", disse Jorge Botelho.

O incêndio rural, que está a ser combatido por mais de mil operacionais, deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e lavra também no concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

  Segundo um balanço feito hoje de manhã, há 36 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa), e 299 pessoas estão deslocadas e distribuídas por centros de apoio, depois da evacuação de várias localidades.

   Outras nove pessoas acamadas estão dispersas por unidades de saúde.

   De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram 23.478 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

   Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

EYP // ROC

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