BE quer intervenção de Costa para resolver "braço-de-ferro" com professores

| Política
Porto Canal com Lusa

Amarante, Porto, 21 jul (Lusa) - A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, apelou hoje à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, para ser encontrada uma solução que acabe com o "braço-de-ferro" com os professores.

"O senhor primeiro-ministro tem de intervir diretamente para que o Orçamento do Estado seja cumprido e que se encontre uma solução negociada", defendeu hoje a líder partidária, em declarações aos jornalistas.

Catarina Martins deixou uma pergunta ao executivo de António Costa: "O Governo tem de cumprir a lei, o que está no Orçamento do Estado. Se o Governo não o fizer, que confiança é que nós temos em qualquer Orçamento do Estado que seja aprovado, para qualquer profissão, para qualquer setor, que vai acontecer o que lá está".

"Há um problema que tem de ser resolvido e seria estranho que o primeiro-ministro não compreendesse esta situação e não percebesse que tem de agir", sublinhou.

Ainda sobre as divergências que se mantêm entre o Governo e os sindicatos dos professores sobre a progressão das carreiras dos docentes, a líder do BE responsabilizou o executivo socialista pela situação e afirmou que "ninguém compreende esta arrogância, esta prepotência".

"Não é uma forma de se conversar com nenhuma profissão e não é nenhuma forma de governar não querer cumprir a lei do Orçamento do Estado", reforçou aos jornalistas.

Para Catarina Martins, "o Governo está a fazer um braço-de-ferro que não tem nenhum sentido".

"Os professores não pedem nenhum retroativo sobre o que deviam ter recebido e não receberam, estão absolutamente disponíveis a que o descongelamento da carreira tenha efeitos para lá da legislatura, não querem tudo de uma vez. Tudo o que dizem é que não façam de conta que é a mesma coisa trabalhar dois anos ou trabalhar nove", insistiu.

A coordenadora lembrou que o BE aprovou "um Orçamento do Estado que dizia que as carreiras iam ser descongeladas para todas as profissões, incluindo para os professores, contando o tempo de serviço e que, depois, seriam negociados os prazos de como eram descongeladas, por causa do impacto orçamental".

"O Governo parece não querer aplicar o Orçamento do Estado e não quer contar esse tempo de serviço. Esta é uma situação para todas as carreiras da função pública", disse.

Catarina Martins concluiu que "o problema não está, neste momento, do lado dos professores, está do lado do Governo".

Em conclusão, a dirigente defendeu que esta "não é só uma questão de professores, é uma questão de confiança democrática, que é muito necessária".

APM // MLS

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