Fundação Côa Parque com situação "insustentável " para a sua gestão

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Porto Canal / Agências

Vila Nova de Foz Côa, 24 jan (Lusa) - O presidente da Fundação Côa Parque, Fernando Real, admitiu hoje que a situação da instituição é "insustentável" desde 2013, o que "inviabiliza" o seu funcionamento, devido aos cortes nas transferências do Estado para as fundações.

"A fundação criada recentemente, só em 2012 teve orçamento próprio e já num ano de grande contenção financeira. Nessa altura foi atribuído um orçamento contido ao estritamente necessário e que rondava 1,4 milhões", explicou à Lusa o responsável.

Ainda de acordo com Fernando Real, o orçamento atribuído " não tem margem para reduções cegas" e quando são feitos cortes na ordem dos 50%, isso significa que o dinheiro que fica disponível "dá para cinco a seis meses para os encargos da fundação".

Há já "largos meses" que os salários dos trabalhadores da Fundação Côa Parque "têm sofrido atrasos no seu pagamento e o subsídio de férias foi pago com uma semana atraso. E, de momento, a fundação já não consegue pagar a fatura da eletricidade ou do telefone.

"O orçamento para 2014 ainda não foi aprovado, porque, na reunião do conselho de fundadores, não se chegou a um consenso devido as reduções orçamentais impostas pelo Governo às fundações. No caso da Côa Parque, já tinha o orçamento mínimo, tendo sido colocado o assunto à tutela", frisou Fernando Real.

Os membros fundadores da Côa Parque são a Direção-Geral do Património Cultural, ministérios da Economia e do Ambiente, Câmara de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa.

"Tenho a informação de que o gabinete do primeiro-ministro deu a indicação que o assunto fosse resolvido pelas respetivas tutelas da Côa Parque", acrescentou.

O responsável pela Côa Parque adiantou que está marcada uma reunião para o próximo dia 30, na qual os problemas da fundação estão na agenda de trabalhos.

Segundo Fernando Real, as dividas à fundação, por parte dos fundadores, ronda os 1,2 milhões de euros.

"A verba que entrou nos cofres na fundação proveniente das transferências corrente é de cerca de 688 mil euros", adiantou.

O problema já foi apresentado " exaustivamente" ao Governo para se viabilizar a fundação, ou outro modelo de gestão para manter o Museu do Côa e o parque Arqueológico do Vale do Côa.

A Lusa aguarda resposta a um pedido de esclarecimento feito à Secretaria de Estado da Cultura.

FYP // JGJ

Lusa/fim

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