Campanha para restaurar Presépio dos Marqueses de Belas soma 12 mil euros

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 jun (Lusa) -- A campanha pública de angariação de fundos para restaurar o Presépio dos Marqueses de Belas atingiu 12.326 dos 40 mil euros necessários, disse hoje à agência Lusa fonte do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.

Iniciada a 05 de abril, a campanha, que decorre até 11 de junho, visa pagar o restauro do "monumental" presépio, com 342 figuras, fazendo parte de um programa mais vasto de recuperação que inclui a chamada Capela das Albertas, "joia" do período Barroco português, de acordo com o diretor desta entidade, António Filipe Pimentel.

Quando a campanha foi lançada, em abril, o responsável salientou que se trata de um "apelo do museu à cidadania, com um objetivo também pedagógico, para manter acesa a dinâmica com os seus públicos e a comunidade".

Adquirido em 1937 por José de Figueiredo, primeiro diretor do MNAA, este presépio pertencia, na altura, a Sebastião de Carvalho Daun e Lorena, descendente do Marquês de Pombal.

Intitulada "Todos somos Mecenas - Ajude o MNAA a restaurar o Prémio dos Marqueses de Belas", a campanha pública está a angariar fundos que poderão ser entregues em dinheiro, no museu, ou através de transferência bancária, através do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga (GAMNAA).

A partir de hoje, e até 15 de julho, na escadaria central do Centro Comercial Amoreiras também estará montado um dispositivo de grandes dimensões - com imagem, vídeo folhetos e caixa para donativos - de forma a que os visitantes possam contribuir para a campanha.

De acordo com o museu, o Centro Comercial Amoreiras já realizou um contributo com um donativo que irá permitir o restauro de 43 das 342 figuras que compõem o Presépio dos Marqueses de Belas.

Obra de transição, com características ainda do século XVIII, mas com alguns apontamentos modernos, este é o maior de todos os presépios da coleção do MNAA, e também ainda o único que não foi restaurado, segundo António Filipe Pimentel.

"Trata-se de um capítulo central da escultura portuguesa", salientou ainda o diretor do museu, acrescentando que o restauro deverá decorrer ao longo do ano, devendo o presépio ser apresentado publicamente no próximo natal, "altura em que o público poderá ver o decurso do restauro da Capela das Albertas".

Pela monumentalidade do Presépio dos Marqueses de Belas, a conservação e restauro - que inclui limpeza, consolidação das peças de barro cozido policromado, do cenário que as envolve, e da maquineta que o guarda - será "um processo minucioso e complexo", segundo o museu.

É conhecido ainda hoje por Presépio dos Marqueses de Belas, provavelmente por ter sido uma obra dirigida pelo escultor Joaquim José de Barros - chamado Barros Laborão - de quem o Marquês de Pombal era mecenas.

De acordo com a documentação disponível, o presépio foi encomendado a Barros Laborão, no final do século XVIII, por José Joaquim de Castro, um colecionador de Lisboa, não tendo nunca pertencido aos marqueses de Belas.

Nos últimos dois anos, o MNAA realizou duas campanhas públicas para obter fundos com o objetivo de adquirir obras para o museu, nomeadamente o retrato oitocentista de Frei Fonseca Évora, por dez mil euros e, anteriormente, a obra de Domingos Sequeira "A Adoração dos Magos", por 600 mil euros, a de maior dimensão pelo valor que envolveu.

A aquisição das peças foi considerada fundamental para o património artístico português, e para o próprio acervo do museu, que acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, sendo um dos museus nacionais com o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

AG // MAG

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