Arquiteto João Barros Matos faz projeto para Museu Nacional da Resistência e Liberdade

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Porto Canal com Lusa

Redação, 29 mai (Lusa)- O arquiteto João Barros Matos vai coordenar a equipa responsável por elaborar o projeto de arquitetura para o Museu Nacional da Resistência e Liberdade, previsto para a Fortaleza de Peniche, foi hoje divulgado.

João Barros Matos foi o vencedor do concurso público de conceção do projeto, e vai receber um prémio de cinco mil euros, divulgaram hoje a Direção-Geral do Património Cultural e a Ordem dos Arquitetos.

Das 22 propostas apresentadas, o júri considerou que a vencedora se destacou pela proposta de "sobreposição de percursos de diferente natureza nunca perdendo, cada um deles, autonomia, significado ou fluidez no seu conjunto", refere o respetivo relatório, a que a agência Lusa teve acesso.

Além disso, "o projeto é muito contido e algo sombrio, de acordo com a natureza dramática do seu conteúdo central, preservando os valores arquitetónicos com interesse patrimonial e os que, sem interesse de forma, remetem para um muito significativo conteúdo, não deixando de se abrir a leituras mais contemporâneas consonantes com um maior futuro de liberdade e democracia ".

Já a memória descritiva do projeto vencedor, a que a Lusa teve acesso, explica que a "ideia de museu se materializa na sobreposição de três tempos: o tempo da fortaleza, o tempo da prisão e o tempo do museu".

Neste sentido, propõe "a sobreposição de percursos de diferentes naturezas, que se entrelaçam e sobrepõem, relacionando os edifícios, os pátios do núcleo central e as plataformas circundantes".

No concurso, a que concorreram 22 trabalhos, a arquiteta Margarida Grácia arrecadou o segundo lugar (3.000 euros) e o terceiro classificado foi o arquiteto Marcelo de Gouveia Cardia (1.500 euros).

Os trabalhos foram apreciados por um júri, composto pelos arquitetos Alexandre Alves Costa, João António Serra Herdade, João Mendes Ribeiro e Sofia Aleixo e pelo designer Henrique Cayatte.

Os 22 projetos concorrentes vão ser dados a conhecer ao público numa exposição a inaugurar a 20 de junho, no Museu de Arte Popular, em Lisboa.

A DGPC lançou, a 11 de maio, concurso de cerca de cerca de um milhão de euros para obras de recuperação dos antigos pavilhões prisionais da Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, para instalar depois o Museu Nacional da Resistência e Liberdade.

No final de abril, a Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica, presidida pela DGPC, entregou ao ministro da Cultura o guião para os conteúdos do Museu, que vai ter 11 núcleos temáticos.

O investimento na recuperação da Fortaleza e da respetiva muralha e de instalação do museu estão estimadas em 3,5 milhões de euros, dos quais três milhões são financiados por fundos comunitários e, os restantes, pelo Orçamento do Estado para 2018.

Em abril de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche, que em setembro de 2016 foi integrada na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi daí retirada, pela polémica suscitada.

Em abril de 2017, a Assembleia da República defendeu em plenário, da esquerda à direita, a requalificação e a preservação da sua memória histórica enquanto ex-prisão política da Ditadura.

A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.

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