PSD quer ministro da Cultura no parlamento "com a maior brevidade" para falar sobre RTP

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 abr (Lusa) - O PSD solicitou hoje a presença do ministro da Cultura no parlamento "com a maior brevidade possível" para justificar o atraso da entrada em funções do novo conselho de administração da RTP, situação que considera "incompreensível e inaceitável".

Num requerimento entregue hoje na Assembleia da República e enviado à presidente da comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Edite Estrela, a bancada social-democrata lembra que o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP indicou, em janeiro e fevereiro passados, os três membros do novo conselho de administração do operador de serviço público.

"No entanto, o novo Conselho de Administração da RTP, que continuará a ser liderado por Gonçalo Reis, ainda não tomou posse, pelo que a RTP, que inclui as estações de rádio e televisão públicas, se encontra em gestão corrente há vários meses, sem administração constituída, numa incompreensível e inaceitável situação de funcionamento que é potencialmente lesiva do interesse público", vinca o PSD.

Por essa razão, o partido pretende uma audição ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, com "a maior brevidade possível", adianta o documento.

Em 25 de janeiro, o CGI convidou Gonçalo Reis (atual presidente) para apresentar um Plano Estratégico para a RTP para o triénio 2018-2020 e em 08 de fevereiro procedeu à designação de Hugo Graça Figueiredo para integrar o Conselho de Administração do grupo de 'media' público.

Desde o início de fevereiro que o Ministério das Finanças tem a indicação do nome do terceiro membro da administração, neste caso uma mulher, que terá o pelouro financeiro, sobre a qual tem de dar um parecer, que é vinculativo.

Hugo Figueiredo, que foi administrador e presidente da direção do jornal Público, é engenheiro civil pelo Instituto Superior Técnico (IST) e tem um MBA pela Universidade Nova de Lisboa.

Com larga experiência de gestão em setores como telecomunicações e media, Hugo Figueiredo liderou projetos nas áreas do digital, conteúdos, marketing e parcerias estratégicas, foi administrador da Rádio Nova e desempenhou funções na direção das operadoras NOS e Optimus.

Foi ainda vice-presidente da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

O novo administrador é professor de Comunicação em pós-graduação na Porto Business Scholl, empreendedor e consultor de marketing em projetos ligados à educação.

Por sua vez, Gonçalo Reis é presidente do Conselho de Administração da RTP desde o início de 2015, com experiência profissional em setores como banca, consultoria, publicidade, infraestruturas e 'private equity', tendo ocupado cargos de administração em várias empresas.

Entre 2002 e 2007, Gonçalo Reis já tinha sido administrador na RTP.

O Conselho de Administração da RTP é composto por três membros, sendo um presidente e dois vogais, indigitados pelo CGI e, após audição na Assembleia da República, investidos nas suas funções pela assembleia-geral.

Da anterior administração, cessaram funções Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé.

ANE (ALU)// ATR

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Moreira e executivo abandonam Assembleia Municipal do Porto após críticas do BE

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira e os vereadores do movimento independente abandonaram esta segunda-feira temporariamente a sessão da Assembleia Municipal após críticas do Bloco de Esquerda, que foram consideradas "um ataque ao executivo".

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".