António Costa diz que riscos dos incêndios não devem ser desvalorizados mas não se deve ter medo

| Política
Porto Canal com Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, disse este sábado no Algarve que não se devem desvalorizar os riscos de possibilidade de ocorrência de incêndios, mas considerou também que não se deve "ter medo".

Atualizado 25-03-2018 12:26

"Nem desvalorizar os riscos, porque isso é um perigo, nem ficarmos paralisados com medo dos riscos. Quando há um risco nós devemos procurar identificá-lo, mitigá-lo diminuí-lo de forma aumentar a segurança de todos", afirmou o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas, no Serro dos Vermelhos, no concelho de Loulé.

António Costa chegou de helicóptero a esta zona isolada da serra algarvia, onde assistiu a uma das ações de limpeza de mato que hoje decorrem em todo o país, com a participação de membros do Governo, de forças militares, da Proteção Civil e das autarquias.

Questionado pelos jornalistas, sobre a diferença entre os trabalhos de prevenção realizados este ano e no anterior, o primeiro-ministro sublinhou que existe "claramente" uma diferença, já que, há um ano, "não havia este movimento, esta azáfama" em todo o país, envolvendo proprietários e autarquias, entre outros.

António Costa ressalvou ainda que, apesar de as medidas já estarem em vigor há quase doze anos, "pela primeira vez", há uma "grande consciência" de que é necessário proceder à limpeza dos terrenos, sendo fundamental que todos se concentrem a fazer "aquilo que é essencial".

"É preciso termos em conta que estas normas já estão em vigor há quase doze anos e houve muito pouca consciência da necessidade de as cumprir", sublinhou.

Relativamente ao relatório da comissão técnica independente sobre os grandes incêndios de 2017, conhecido esta semana, o primeiro-ministro referiu que se limita "humildemente a ler o que está escrito", procurando interpretar os dados e adaptá-los às políticas necessárias.

"Foi assim que fizemos com o primeiro relatório", frisou, acrescentando que o Governo já tem "cerca de três quartos das medidas que foram recomendadas em execução", trabalho que vai prosseguir, tendo em conta os "recursos existentes e o calendário adequado para tomar cada uma das medidas".

Segundo António Costa, enquanto o risco de incêndio "não desaconselhar as limpezas", deve limpar-se "o mais possível", porque quanto mais se fizer agora "menor é o risco que teremos amanhã".

O primeiro-ministro iniciou hoje o dia a sul, visitando uma ação de limpeza organizada pelo município de Loulé (distrito de Faro), seguindo depois para Portalegre.

No conjunto das ações, que visam também "clarificar que o trabalho de limpeza de terrenos decorrerá até 31 de maio", participam o Presidente da República e cerca de 20 membros do Governo.

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