Governo português repudia e condena ação que fez três mortos em França

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 mar (Lusa) - O Governo português repudiou e condenou hoje, "de forma veemente", o ataque terrorista que ocorreu no sul de França, que causou três vítimas mortais, além do próprio atacante, e cinco outros feridos, entre eles um português.

O executivo "repudia e condena de forma veemente o ataque terrorista hoje ocorrido no sul de França, do qual resultaram três mortes confirmadas", indica uma nota divulgada pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros lamenta profundamente a perda de vidas humanas inocentes e apresenta as suas condolências às famílias das vítimas, bem como faz votos de rápida recuperação aos feridos, reiterando a sua solidariedade para com o povo francês", salienta a mesma nota.

Os ataques de hoje em Carcassonne e Trèbes, no sul de França, fizeram três mortos, além do próprio atacante, e cinco feridos, três deles em estado grave, segundo o Ministério do Interior francês. Um dos feridos graves tem nacionalidade portuguesa.

Segundo o mais recente balanço provisório oficial, citado na imprensa, os mortos são o passageiro do automóvel que o atacante roubou em Carcassonne, duas pessoas feitas reféns no supermercado Super U de Trèbes e ainda o próprio atacante, morto durante o assalto policial.

Entre os feridos graves figura um oficial da polícia local que tomou o lugar de uma refém.

Há ainda dois feridos ligeiros, um deles um polícia ferido a tiro numa perna durante o assalto final.

Redouane Lakdim, 26 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Antes, o atacante roubou um automóvel em Carcassonne, matando um passageiro e ferindo o motorista português, e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação.

Este ataque, considera o governo português, "vem juntar-se a uma longa lista de ações reivindicadas ou inspiradas pelo autoproclamado Estado Islâmico, Daesh [acrónimo árabe que designa o grupo 'jihadista' Estado Islâmico], em França. E demonstra, uma vez mais, a importância de reforçar a cooperação na forma de prevenir e combater o terrorismo".

"Nesse contexto, o Governo Português mantém e reforça o seu apoio à República Francesa na luta contra o terrorismo sob todas as suas formas, apoiando a prossecução das necessárias ações, em diferentes níveis (internacional, europeu e bilateral), de prevenção e repressão de atos terroristas, na defesa da liberdade e da tolerância, valores que fundam as nossas sociedades", conclui.

A Embaixada e os consulados portugueses em França estão a acompanhar a situação, em coordenação com as autoridades francesas, salienta ainda a nota.

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