Portas disse que na crise política "o que teve de ser teve muita força"

Portas disse que na crise política "o que teve de ser teve muita força"
| Política
Porto Canal

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que a crise política do verão acabou por resultar num Governo "mais forte" e que "a economia beneficia com isso", sustentando que "o que teve de ser teve muita força".

"Se a remodelação fosse perdida, perdia-se mais do que isso. O que teve de ser teve muita força. A verdade é que a crise foi superada e, a meu ver, o Governo está mais forte e a economia beneficia com isso", afirmou Portas perante o XX Congresso do CDS-PP.

Portas tinha reservado para o Congresso uma explicação sobre a crise política do verão, em que chegou a apresentar a demissão de ministro dos Negócios Estrangeiros - que classificou como irrevogável - acabando por assumir o cargo de vice-primeiro-ministro e reforçar a posição do CDS-PP no Governo, com António Pires de Lima no Ministério da Economia.

"Houve momentos muito difíceis. Como sabem, um deles aconteceu em junho passado, com a demissão do então ministro e de Estado e das Finanças, primeiro, e a minha, depois. Deixo de lado os que julgam que algo tão complexo é um capricho ou um enfado, não conhecem o meu sentido de missão. Mas o partido conhece-o", começou por dizer.

"O partido deve apenas saber que atuei em último e exclusivamente último recurso, por entender que, se nada fosse feito, a coligação podia deteriorar-se e isso poria em risco aquilo que é o bem essencial para todos: termos Governo que chegue para vencer o resgate", afirmou.

Portas justificou a sua atuação "por entender ainda que o Governo precisava de assumir um novo ciclo e uma nova fase mais virada para economia, mais virada apara as empresas, mais virada para o emprego, mais virada para as oportunidades, com maior equilíbrio entre o financeiro e o económico, com maior partilha e, portanto, com maior coesão entre os parceiros".

Antes, o líder centrista tinha reiterado que "uma coligação não é uma fusão".

"O país não precisa que o CDS seja igual ao PSD e ao CDS nunca será igual ao PSD", disse.

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