Embaixada norte-americana em Díli retira vídeo polémico sobre violência género

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Porto Canal com Lusa

Díli, 16 dez (Lusa) - A embaixada dos Estados Unidos em Díli retirou da sua página no Facebook um polémico vídeo sobre violência de género depois de pressões nas redes sociais, uma carta aberta e a intervenção das autoridades timorenses.

Inserido na campanha "16Days16Ways" (16 Dias, 16 Maneiras) - Eliminar Violência de Género em Timor-Leste, o vídeo mostra declarações de Duarte Bragança, diretor educativo municipal em Díli que diz que as raparigas estão proibidas de usar alguma roupa nas escolas para evitar violência de género.

Numa nota divulgada na sexta-feira o Ministério da Educação e Cultura lamenta a polémica do vídeo "e esclarece que a mensagem do referido diretor é apenas uma opinião de caráter pessoal e não representa a posição deste ministério quanto ao assunto da violência de género".

Responsáveis do Ministério e da Secretaria de Estado da Igualdade de Género e da Inclusão Social reuniram-se a propósito da polémica com a embaixadora dos Estados Unidos em Díli, que "reconhecendo a sensibilidade deste assunto, concordou com a retirada do vídeo da campanha e a sua substituição por uma nova mensagem dos responsáveis do Ministério da Educação e Cultura".

O ministério "considera que qualquer tipo de violência, independentemente do género, é inaceitável, particularmente no recinto da escola", que "deve ser um lugar seguro para a toda a comunidade educativa e deve contribuir para a formação de cidadãos que promovam o respeito entre os seres humanos e rejeitem qualquer atitude de violência".

Numa nota divulgada na sua página de Internet, a embaixada pede "desculpa por qualquer mal-entendido" e explica que retirou o vídeo depois de "confusão sobre como o seu conteúdo se relacionava com o objetivo da campanha".

A embaixada reitera que as opiniões expressas no vídeo não refletem as dos Estados Unidos ou do Governo de Timor-Leste e recorda que nos últimos cinco anos a missão diplomática apoiou 13 organizações timorenses que trabalham no combate à violência de género em Timor-Leste.

ASP // FV.

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