Viseu, 06 jun (Lusa) -- O líder da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, considerou hoje que o pagamento dos subsídios de férias poderá implicar, sobretudo, "problemas em termos burocráticos ou administrativos".

"Muitas autarquias já não estavam a contar pagar, não se apetrecharam para isso, e podem agora ter alguns problemas em termos burocráticos ou administrativos, mas só isso", disse aos jornalistas o também presidente da Câmara de Viseu.

Na sua opinião, alguns municípios podem até ter dificuldades em fazer o pagamento, mas estas estarão relacionadas com as suas situações financeiras, que já vinham do passado.

Segundo Fernando Ruas, "a partir do momento em que o Governo disse que não havia subsídio de férias, as autarquias estavam a preparar-se para dar um destino àquele montante, que era montante a mais".

Portanto, e uma vez que o Tribunal Constitucional chumbou a suspensão do pagamento dos subsídios de férias, "os municípios só têm de voltar à fase anterior", frisou.

"Se calhar estavam a contar com aquela folga para outras coisas e agora não a vão ter. Mas isso era dinheiro que já tinham", acrescentou.

O autarca contou que a ANMP mandou uma circular aos municípios a aconselhar que "procedam como procediam antes do levantamento da anulação do subsídio de férias".

"A responsabilidade da associação é dar indicações para haver uniformidade de critérios. Foi isso que fizemos", acrescentou.

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