Câmara de Viseu mantém megaoperação de transporte de água em 32 camiões-cisterna
Porto Canal com Lusa
A Câmara de Viseu vai manter a megaoperação que tem em curso desde o final de outubro, com 32 camiões-cisterna a transportarem diariamente água para abastecer o concelho, garantiu esta sexta-feira à agência Lusa fonte da autarquia.
Atualizado 25-11-2017 12:01
"A operação que está montada e contratada pelo município continua a funcionar ininterruptamente, sete dias por semana. Começámos com 27 camiões e, neste momento, são 32", explicou.
A mesma fonte referiu que a água transportada para Viseu é oriunda de barragens de Tondela, Trancoso e Balsemão (Lamego).
"Neste momento, temos a operação em contínuo, e continuará durante as próximas semanas", afirmou, acrescentando que, "só num cenário de reposição muito rápida de água, por efeitos da chuva", é que pode eventualmente ser suspensa.
No entanto, o presidente da autarquia, Almeida Henriques, "continua apreensivo em relação à situação, que continua a ser de emergência em Viseu", acrescentou a fonte.
Esta megaoperação de compra e transporte de água foi motivada pelos "mínimos históricos" dos níveis de água na Barragem de Fagilde, que abastece os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
Para continuar a conseguir garantir o abastecimento público de água às populações no concelho, o município decidiu avançar com a operação de compra de água a outros sistemas e o seu transporte.
"Encontramo-nos numa situação de emergência que reclama medidas excecionais. Este é um momento de grande responsabilidade coletiva. Os consumos de água devem ser radicalmente moderados e racionalizados. Por cada litro de água paga pelo utilizador, o município está a pagar o valor equivalente a dez litros", disse Almeida Henriques na altura.
Desde o início do verão que o município tinha em vigor um plano municipal de contingência, um esforço que, em outubro, foi intensificado através da adoção de medidas mais severas de redução de consumos públicos de água.
Por exemplo, os sistemas de rega foram desligados ou substituídos por alimentação de águas de furo, em todo o concelho, e o combate às fugas foi intensificado.