Hospital S. João com adesão de 95% à greve dos técnicos de diagnóstico

Hospital S. João com adesão de 95% à greve dos técnicos de diagnóstico
| Norte
Porto Canal com Lusa

A adesão à greve dos profissionais de saúde de diagnóstico ronda os "95% no hospital S. João" onde foram "encerrados 11 blocos operatórios", informou hoje o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte.

Orlando Gonçalves disse à agência Lusa que o maior hospital da zona norte "superou as expectativas e tem 11 blocos operatórios do hospital encerrados, registando uma adesão fortíssima, superior aos 95 por cento".

Segundo o sindicato, os trabalhadores protestam pela valorização da carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, pelos cortes nos pagamentos de horas de qualidade, pelas 35 horas semanais de trabalho para todos, pelo acordo coletivo de trabalho nos hospitais EPE e pelo pagamento do abono para falhas.

"É a maior adesão dos últimos anos, sem dúvida nenhuma", referiu o sindicalista, que deu conta ainda de uma "adesão generalizada" nos hospitais Santo António, Viana do Castelo e Vila Nova de Gaia e Espinho, sendo que neste foi denunciada uma "situação anómala" promovida pelo "Conselho de Administração".

Segundo Orlando Gonçalves, no hospital Santos Silva a "situação anómala, deveu-se ao facto de o "Conselho de Administração e as chefias intermédias terem andado a pressionar os trabalhadores principalmente ao longo de quinta-feira, mas também desde a última greve, no dia 27 de outubro".

"Vários trabalhadores foram chamados à área jurídica do hospital, sendo-lhes perguntado se sabiam que tinham de assegurar mínimos, exercendo uma forma de pressão depois de as coisas não terem corrido da melhor forma no dia 27 e querendo responsabilizar os trabalhadores, sendo que a responsabilidade não é deles, pois só estando designados para esse serviços a podem assumir", denunciou.

Orlando Gonçalves acusou o mesmo CA de ter designado na quinta-feira "trabalhadores muito para além daquilo que é minimamente aceitável e até razoável para os serviços mínimos da saúde".

Num comentário geral à adesão, o sindicalista considerou que os "trabalhadores deram uma resposta muito cabal sobre aquelas que têm sido as suas reivindicações e ao que tem sido a falta de respeito do Ministério da Saúde (MS)", no dia em que faltaram a uma convocatória para reunir com a tutela.

"Fomos convocados por email na terça-feira, às 13:26, para uma reunião no Ministério às 17:00 desse mesmo dia, à qual não comparecemos por não haver condições para estar lá a essa hora. Avisámos o Ministério da Saúde que tinha de nos convocar com cinco dias de antecedência, conforme a lei, e eles convocaram-nos para o prazo de 48 horas e para um dia de greve", relatou.

Considerando que "reunir com secretário de Estado não é serviço mínimo da saúde" acusou o ministério de o ter feito de forma "propositada", agindo de "má fé, como são de má fé as declarações do ministro, quando diz que isto é um país de gente pobre e doente".

A greve foi convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum)para o setor da saúde, mas não abrange médicos nem enfermeiros.

Entre as motivações da greve está a falta de acordo coletivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 hora, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).

“O texto do acordo coletivo de trabalho está praticamente negociado, só falta vontade política”, afirmou José Abraão, que disse já ter pedido a semana passada uma reunião ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, para discutir o tema.

O dirigente sindical considerou que é importante que o Governo "não reduza" os problemas laborais na saúde [apenas] "aos médicos e enfermeiros, que têm feito excelente trabalho”, mas que aprove melhorias para todos os profissionais, uma vez que todos são necessários ao funcionamento dos serviços.

+ notícias: Norte

Processo do curso de medicina na Universidade de Aveiro "não está concluído" 

A Universidade de Aveiro (UA) esclareceu esta sexta-feira que o processo de criação do mestrado integrado de medicina não está concluído, faltando a decisão final do Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

Hospital de Penafiel sem doentes infetados por bactéria multirresistente

Não existem novos casos de doentes infetados ou colonizados com a bactéria multirresistente no Hospital Padre Américo, escreve o Jornal de Notícias (JN), citando fonte hospitalar.

Preventiva para dois homens detidos por assalto a residências em Vila Real

Os dois homens detidos na quarta-feira pela suspeita de assaltos a residências em Vila Real vão ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva, disse esta sexta-feira fonte da PSP.