Bloco diz que cada dia foi um teste à solidez dos acordos nos dois primeiros anos de Governo

Bloco diz que cada dia foi um teste à solidez dos acordos nos dois primeiros anos de Governo
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| Política
Porto Canal com Lusa

O deputado do BE José Manuel Pureza defendeu que cada dia dos dois primeiros anos de Governo PS foram "um teste à solidez dos acordos" com o executivo, considerando que há espaço para "aprofundar a convergência".

"Se a pergunta é se pode haver caminho de convergência, de articulação, nos partidos à esquerda para além da legislatura, eu diria não há nada que impeça que assim seja", disse, em declarações à agência Lusa a propósito dos dois primeiros anos sobre a posse do Governo PS, que se assinalam no domingo.

Para José Manuel Pureza, "se houver vontade assumida por parte das várias forças políticas em criar uma fórmula" que pode não ser a atual, "uma fórmula de articulação para aprofundar o caminho que se começou em 2015, isso poderá perfeitamente acontecer".

Depois da "recuperação de rendimentos para os setores agredidos pelo governo anterior", há muito por fazer nos serviços públicos como a saúde, a escola pública, a justiça.

O deputado assinalou que o país "está a pagar caro" a "lógica de encerramento dos serviços públicos" no interior do país por questões de rentabilidade e defendeu que o Governo e os partidos no parlamento terão de "olhar as perspetivas de investimento comunitário" para recuperar o país, sobretudo depois dos incêndios de junho e outubro.

Para José Manuel Pureza, "cada dia que passou foi um teste à solidez dos acordos" que os partidos à esquerda do PS celebraram com o Governo minoritário do PS e "um teste" à capacidade de "encontrar formas de conseguir convergência".

"A surpresa, se houve, foi termos sido capazes, uma surpresa boa, encontrar as formas certas para cumprir os acordos", disse, rejeitando que tenha havido algum clima de "competição" para "ver quem é que tem mais bandeirinhas".

Em futuras eleições legislativas, disse, da parte do BE, a continuação da convergência à esquerda ou, eventualmente, a participação num Governo, "depende de qual for a política que esteja em causa".

"Os ativistas do BE estão disponíveis e têm vontade para assumir todas as responsabilidades que tem de assumir para executar uma política que reforce os direitos das pessoas, a justiça da economia, a coesão no território, a maior autonomia relativamente a decisões europeias que nos constrangem", afirmou.

Para o deputado, os caminhos da convergência decorrem "evidentemente da vontade democrática das pessoas: "Dando-nos dez por cento naturalmente não teremos a força para fazer com que essas políticas existam, dando-nos 20, 30, 40 por cento naturalmente que as coisas serão muito mais simpáticas", disse.

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