Incêndios: Escola de Pedrógão Grande alarga vigia eletrónica a concelhos vizinhos

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Porto Canal com Lusa

Pedrógão Grande, Leiria, 14 nov (Lusa) -- Um sistema de videovigilância de fogos florestais, que funciona em Pedrógão Grande, vai ser melhorado pela Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal e alargado a dois concelhos vizinhos, anunciou hoje o responsável do projeto.

Para avançar com esta nova fase do projeto, "é necessário um investimento que ronda os 15 mil euros", disse à agência Lusa Ricardo Pereira, docente daquele estabelecimento de ensino na área das telecomunicações.

Criado com a participação dos alunos do 12.º ano, na sequência de uma candidatura premiada pela Fundação Ilídio Pinho, do Porto, o posto de vigia eletrónico dispõe de quatro câmaras de vídeo, instaladas no quartel dos Bombeiros Voluntários daquele município do distrito de Leiria, que filmaram os incêndios de Pedrógão Grande e Sertã, nos dias 17 de junho e 15 de outubro, respetivamente.

Algumas destas imagens foram depois visualizadas por responsáveis da Polícia Judiciária (PJ) e pelo professor Domingos Xavier Viegas, do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, autor de um estudo, encomendado pelo Governo, sobre o fogo que eclodiu há cinco meses em Pedrógão Grande e que alastrou a vários municípios da região.

Os criadores pretendem, com novos equipamentos, estender o sistema de vigilância eletrónica aos concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. "Queremos fazer esta triangulação", disse Ricardo Pereira.

Os alunos da Escola Tecnológica e Profissional procuram agora apoio para quatro novas componentes do projeto escolar: "Videovigilância - versão 2", "Os drones na prevenção, combate e pós incêndios", "Georreferenciação e imagens a partir de uma viatura de combate aos incêndios" e "Construção da viatura de comando e operação de socorro".

Para tal, os candidatos aceitam eventuais apoios financeiros, mas também estão recetivos à doação do material necessário, segundo o mesmo professor.

"Estamos a trabalhar com os operacionais no terreno. Queremos ser assessores dos bombeiros e da Proteção Civil na área tecnológica e provar que o ensino intermédio também tem valor", afirmou.

Ricardo Pereira salientou, por outro lado, que "as soluções de baixo custo são igualmente válidas" no campo da deteção e combate aos incêndios florestais.

Os resultados da primeira fase do projeto e as novas propostas serão divulgados, na quinta-feira, numa conferência promovida pela Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, subordinada ao tema "A tecnologia nos fogos florestais".

"Vamos apresentar os nossos projetos e debater a utilização da tecnologia nos fogos florestais", adiantou aquele responsável.

Além do investigador Xavier Viegas, o programa conta a participação de representantes de mais de 20 corpos de bombeiros, Escola Nacional de Bombeiros, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Marinha, PJ, GNR e Ministério da Educação, entre outras entidades.

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