Mais 500 mil litros de água diários chegam na próxima semana de comboio a Viseu

| País
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, disse hoje que deverão chegar de comboio, a partir da próxima semana, mais de 500 mil litros de água diários para fazer face à seca que atinge a região.

"Está a ser preparada a possibilidade de vir um comboio com água, diário, durante a noite, que descarregaria em Mangualde, com capacidade de mais ou menos 500 metros cúbicos (m3) por dia. Estamos a monitorizar diariamente, mas diria que é convenientemente que na próxima semana este transporte já esteja a ser assegurado", revelou.

Em declarações à agência Lusa, o autarca de Viseu explicou que esta água virá de comboio de "um espaço de fornecimento perto de Lisboa".

Esta é mais uma medida para fazer face à seca que se atravessa, numa altura em que a Barragem de Fagilde está neste momento com 360 mil m3", ou seja, "cerca de 10,5% da sua capacidade".

"Já conseguimos reduzir bastante os consumos destes quatro concelhos [Viseu, Nelas, Penalva do Castelo e Mangualde] e a população está a responder bem. Mas a reserva da barragem só dá para mais 20 a 25 dias", acrescentou.

Nos últimos dias, o município de Viseu viu-se obrigado a transportar diariamente água em camiões cisterna para fazer face à seca.

"Estamos também a identificar outras situações, designadamente o caso do Museu do Quartzo, em que há aquele depósito de água na pedreira, em que vamos lá colocar uma ETA [estação de tratamento de água] portátil para podermos fazer o tratamento dessa água", referiu.

De acordo com Almeida Henriques, estes quatro municípios estão "lançar mão de tudo o que esteja ao alcance para garantir que não falta a água, com qualidade, na casa das pessoas".

"Desde que começámos este processo, a Câmara de Viseu já gastou 200 mil euros no abastecimento de água às pessoas. Esta é uma operação cara, que não vai ter qualquer impacto na fatura das pessoas, mas precisamos que o Governo nos ajude", apontou.

No seu entender, esta é "uma situação de emergência e "os quatro concelhos que estão com esta dificuldade não têm capacidade para aguentar este nível de despesa para fazer face a estas necessidades".

"Este fundo disponibilizado [pelo Governo] de 250 mil euros será manifestamente insuficiente para fazer face a isto, até porque a perspetiva é de que não vamos ter chuva nos próximos dez dias. E mesmo que tenhamos, ela não terá um impacto imediato na Barragem de Fagilde", alertou.

O autarca informou ainda que Viseu está a gastar uma média de "quase 20 mil euros por dia" na logística associada ao transporte da água.

"Em tempo de guerra não se limpam armas e esta é uma situação de emergência, que tem de ser encarada como tal. Por isso, o Governo tem de olhar para esta situação, monitorizando ainda mais em cima, e fazendo previsões a médio prazo, pois as perspetivas em relação à chuva não são nada animadoras", concluiu.

+ notícias: País

Homicídios por violência doméstica e pedidos de ajuda aumentam na época do Natal

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) alerta que as situações de homicídio e pedidos de ajuda por violência doméstica aumentam no Natal e passagem de ano, por causa da pressão das festas natalícias.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.