Portugal perdeu 4% da área arborizada em 2016 devido a má gestão

Portugal perdeu 4% da área arborizada em 2016 devido a má gestão
| País
Porto Canal com Lusa

Portugal perdeu 4% de área arborizada em 2016, sendo responsável por metade das florestas ardidas na União Europeia, devido à prevalência de eucaliptos, má gestão de solos e falta de prevenção, revela um relatório do Global Forest Watch.

Portugal é um dos três países dados como exemplos dos efeitos do fogo nas florestas pelo Global Forest Watch (GFW), além do Brasil e Indonésia, ao referir que perdeu 4% da superfície arborizada, em 2016.

A perda de área florestal no mundo atingiu um recorde de 29,7 milhões de hectares, em 2016, equivalente à superfície da Nova Zelândia, segundo as estimativas hoje publicadas pelo instrumento que reúne informação sobre florestas, criado pelo organismo de investigação World Resources Institute.

A proporção de 4% é a maior entre todos os países, sendo que Portugal registou cerca de metade das florestas destruídas pelo fogo na União Europeia, naquele ano.

Segundo o GFW, a prevalência de eucaliptos, que ardem facilmente, conjugada com uma má gestão dos solos e a falta de medidas de prevenção, como corta-fogos, explicam este balanço.

Este ano, a destruição dos incêndios florestais deverá ser maior, pois registaram-se dois momentos de grandes fogos.

Na semana passada, o sistema português contabilizava 225.447 hectares de floresta ardida este ano (equivalente ao distrito de Viana do Castelo), mas o Sistema do Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia, calculava 316.100 hectares.

O sistema da Comissão Europeia apontava para quase 54.000 hectares queimados só no dia 15 de outubro, o pior dia do ano em número de fogos.

As centenas de incêndios que deflagraram naquele dia provocaram pelo menos 45 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

+ notícias: País

Terminal de Leixões e Casa da Música no tamanho do Portugal dos Pequenitos

O Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, vai ser ampliado com a construção de novas réplicas de edifícios emblemáticos da arquitetura contemporânea portuguesa. Entre eles o Terminal de Cruzeiros de Leixões e a Casa da Música. O projeto, apresentado esta terça-feira pela Fundação Bissaya Barreto (FBB), inclui a criação de miniaturas de algumas das obras mais icónicas da arquitetura moderna, com o objetivo de aproximar o público infantil ao universo da arquitetura de forma educativa e lúdica.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.