Passos confia que Portugal "começou a dar a volta" e "os melhores anos estão para vir"
Porto Canal / Agências
Lisboa, 25 dez (Lusa) - O primeiro-ministro afiançou hoje que a economia "começou a dar a volta" em 2013 e que "os melhores anos ainda estão para vir", na mensagem de boas festas que dirigiu ao povo português.
"Mas agora também sabemos que foi no ano que está a terminar que a nossa economia começou a dar a volta. Graças à coragem e engenho dos nossos trabalhadores e dos nossos empresários, as nossas exportações cresceram e ganhámos quota de mercado no exterior aos nossos competidores mundiais", destacou Passos Coelho.
Reconhecendo ter sido um ano "muito exigente" e "difícil", o líder da coligação governamental PSD/CDS-PP garantiu que Portugal começou "a vergar a dívida externa e pública" que têm "assombrado" a "vida coletiva" e que "a economia começou a crescer e acima do ritmo da Europa.
"Ao mesmo tempo, o emprego começou a crescer e, em termos líquidos, até ao terceiro trimestre foram criados 120 mil novos postos de trabalho. Com a ajuda das políticas ativas de emprego, o desemprego, que tinha atingido níveis inaceitáveis no decurso desta crise, tem vindo a descer mês após mês, e em particular o desemprego jovem", continuou, lamentando não ir mais longe em termos de défice orçamental em virtude dos "recursos para garantir os apoios sociais e a ajuda aos desempregados".
Passos Coelho advertiu que os "sinais positivos ainda não são suficientes, contudo", para poder dizer que o país já ultrapassou a "crise", pois "ainda restam algumas incertezas e obstáculos".
"(2014) Será um ano cheio de desafios e aos quais cada um de nós responderá com a mesma responsabilidade e determinação que nos abriu o caminho até aqui. Estamos a menos de cinco meses de terminar, em maio, o Programa de Assistência (Económico-Financeira). Será uma etapa decisiva da nossa recuperação. Precisaremos de todos os instrumentos que mobilizámos para concluir sem perturbações o Programa", anteviu.
O Chefe do Governo atestou que os portugueses são "capazes" e estão "a mostrar ao mundo inteiro, sobretudo aos que, nos momentos mais exigentes, menos confiaram" que acreditam em si próprios e granjearam "a confiança, o respeito e admiração dos parceiros europeus e dos amigos por todo o mundo".
"Queremos fechar esta página da nossa história, para escrever uma outra mais apropriada à sociedade moderna, próspera e mais justa que estamos a construir", disse, lamentando que, "durante demasiado tempo", se tenham "tolerado fortíssimas desigualdades, quase sem paralelo na Europa", conducentes "à estagnação social".
O líder social-democrata defendeu que "todos os portugueses merecem as oportunidades geradas por uma economia mais democrática, por uma sociedade mais dinâmica, por um país mais aberto".
"O Natal é a festa da esperança. Aproveitemos estes dias para recuperar as nossas forças e o sentido de propósito comum que nos define como povo. Como um povo orgulhoso, dono do seu próprio destino, que não receia o futuro e que sabe que, do alto de quase 900 anos de história, os seus melhores anos ainda estão para vir", afirmou antes de desejar boas festas.
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