Pedrógão Grande: Relatório questiona mudanças feitas na Proteção Civil

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 16 out (Lusa) -- O relatório do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais questiona a necessidade das mudanças feitas na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), considerando que o processo de nomeação dos comandantes distritais "foi concluído demasiado tarde".

"A estrutura nacional da ANPC sofreu uma remodelação profunda no início do ano de 2017. Sem estar a discutir nomes ou pôr em questão as pessoas, levantamos a questão da necessidade de se realizar todas as mudanças que foram efetuadas", sustenta o relatório coordenado por Domingos Xavier Viegas e hoje entregue à ministra da Administração Interna.

O documento, denominado "O complexo de incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, iniciado a 17 de junho", concluiu que o processo de nomeação dos comandantes distritais de operações de socorro (CODIS" "foi concluído demasiado tarde relativamente ao período de incêndios de 2017".

O documento encomendado pelo Governo sustenta que "a função de comando no sistema nacional ou distrital da ANPC requer qualificações e experiência que não são fáceis de adquirir em pouco tempo".

"Por muito rico que o nosso país seja em pessoas, com as qualificações e experiência requeridas para o exercício destes cargos, parece-nos que se deveria ponderar a conveniência de substituir ou manter em serviço pessoas com provas dadas, para assegurar a estabilidade do sistema e por outro lado de dispor de critérios e escolha muito exigentes para a escolha e nomeação de novos comandantes", frisa o relatório publicado no portal do Governo.

O incêndio de Pedrógão Grande deflagrou a 17 de junho, e provocou, segundo dados oficiais, 64 mortos, mas este relatório eleva o número para 65, contabilizando como vítima mortal uma mulher que foi atropelada quando fugia do fogo.

Este fogo foi extinto uma semana depois e alastrou para os concelhos vizinhos.

CMP // JPF

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