Câmara da Figueira da Foz assinala perda ambiental da Mata Nacional de Quiaios

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Porto Canal com Lusa

Figueira da Foz, Coimbra, 16 out (Lusa) - A autarquia da Figueira da Foz assinalou hoje a "perna enorme" de biodiversidade resultante do incêndio que destruiu a grande maioria da Mata Nacional das Dunas de Quiaios, afetando a envolvente das lagoas da Vela e Braças.

"É uma perda enorme de biodiversidade, por algum motivo aquela zona era Rede Natura 2000, toda a Mata Nacional de Quiaios e as lagoas ficaram perdidas. É uma situação que vai demorar décadas a resolver", disse a vereadora Ana Carvalho.

A agência Lusa constatou hoje a destruição na mata nacional (que possui cerca de seis mil hectares de floresta) entre as povoações de Quiaios, na Figueira da Foz, e da Praia da Tocha, já no concelho de Cantanhede.

Na Lagoa da Vela, as chamas afetaram, inclusivamente, os nenúfares e outras plantas aquáticas das margens, destruindo postes de iluminação ao longo da estrada florestal e equipamentos de apoio dos parques de merendas ali existentes.

O incêndio, que eclodiu às 14:36 de domingo, perto da povoação de Cova da Serpe, freguesia de Quiaios e que se estendeu aos concelhos de Cantanhede e Mira, a norte da Figueira da Foz, mantinha-se ativo às 15:53 de hoje e estava a ser combatido por 115 operacionais, apoiados por 33 viaturas.

Nuno Osório, comandante dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, frisou que as chamas estão "praticamente dominadas", mantendo-se uma frente ativa na mata nacional, numa zona mais próxima do mar, entre a povoação de Quiaios e a praia da Costinha, areal predominantemente frequentado por pescadores.

O comandante operacional assinalou a existência de "muitas reativações" devido aos ventos "erráticos", esclarecendo que os meios no terreno estão posicionados "mais no flanco leste" do incêndio, entre a zona florestal e as povoações localizadas ao longo da estrada Nacional 109 de ligação a Aveiro.

Nuno Osório espera que o incêndio possa ser dado como dominado nas próximas horas, também com o aumento da humidade - naquela zona regista-se um aumento de nebulosidade que se mistura com o fumo - e a possibilidade de chuva, "cenário que seria motivador para quem já está a trabalhar há muitas horas no terreno".

O comandante dos bombeiros disse ainda que na área do concelho da Figueira da Foz não se registaram danos materiais em casas de primeira habitação, com exceção de uma moradia que ficou sem telhado por ação das chamas "logo numa fase inicial do incêndio", na localidade de Cova da Serpe, e uma autocaravana e uma casa pré-fabricada em madeira que foram consumidas pelas chamas em Morros, freguesia de Bom Sucesso.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.

JLS // SSS

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