Agricultura "não está imune aos maus comportamentos cívicos" do país

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Porto Canal com Lusa

Lourinhã, Lisboa, 16 out (Lusa) - O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admitiu hoje na Lourinhã que há agricultores a fazer queimadas ilegais, mas considerou que o setor é reflexo de um país cheio de "maus comportamentos cívicos".

"Há muitos desleixos nas queimadas, assim como há muitos condutores apanhados por excesso de velocidade, portanto o setor agrícola não está imune a esse mau comportamento cívico" existente em Portugal, afirmou Eduardo Oliveira, à margem da reunião do conselho consultivo da CAP na região oeste.

Para o dirigente, "é preciso alterar comportamentos" no país.

Ainda assim, disse que "não é normal muitos incêndios começarem de noite" e que, em vez de se responsabilizar o setor florestal, na sua opinião, se deve reformular todo o dispositivo da Proteção Civil.

Eduardo Oliveira defendeu que o "voluntariado é insuficiente", uma vez que "a figura do bombeiro voluntário se adequa pouco à gravidade dos incêndios" que vão assolando Portugal e que, pela sua complexidade, "o combate tem de ser feito por profissionais".

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

FYC // MSF

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