Situação "muito difícil" em Portugal e Galiza "exige é unidade, não queixas" - MNE
Porto Canal com Lusa
Luxemburgo, 16 out (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje, no Luxemburgo, que a situação "muito difícil" que Portugal e a Galiza enfrentam devido aos incêndios "exige é unidade e determinação, e não queixas recíprocas ou divisões".
Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de chefes de diplomacia da União Europeia (UE), Augusto Santos Silva disse desconhecer qualquer declaração do presidente da Junta da Galiza a responsabilizar, em parte, Portugal pelos fogos que agora também afetam aquela região espanhola, mas frisou que de nada servem queixas recíprocas, até porque "os incêndios não conhecem fronteiras".
"Vi declarações do presidente da junta da Galiza que me pareceram muito corretas. O que ele basicamente diz é que enfrenta três dificuldades que se adicionam umas às outras: em primeiro lugar, as condições atmosféricas; em segundo lugar, dizia ele, a atividade incendiária; e em terceiro lugar o facto de haver incêndios em Portugal que de algum modo têm também efeitos na Galiza. Não vi isso como uma queixa, muito menos uma responsabilização, uma acusação, e isso parece-me evidente: os incêndios não conhecem fronteiras, naturalmente", afirmou.
Questionado sobre o alegado mal-estar das autoridades galegas com a falta de capacidade de Portugal para apagar os seus fogos, que "saltaram o (rio) Minho", o "número dois" do Governo defendeu então que a atual situação exige é unidade, e não divisões.
"Não conheço essa declaração, portanto não posso comentar. Agora, nós vivemos, em particular na faixa ocidental na Península Ibérica, uma situação muito difícil, mesmo muito difícil, e as situações muito difíceis exigem é unidade e determinação, e não queixas recíprocas ou divisões", concluiu.
ACC // ANP
Lusa/fim