Alunos de Leiria aconselhados a ir para casa

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Porto Canal com Lusa

Leiria, 16 out (Lusa) - Os diretores das escolas do concelho de Leiria aconselharam os alunos a irem para casa, devido à nuvem de fumo que atinge a cidade, disse à agência Lusa a vereadora da Educação, Anabela Graça.

Vários alunos das escolas do concelho de Leiria estão dispensados das aulas da tarde. Segundo Anabela Graça, "houve um convite aos pais para, no caso de poderem, irem buscar os filhos às escolas, pois as atividades só podem funcionar dentro do edifício".

A autarca adiantou que esta decisão é diferente daquela que foi tomada nas escolas da Carreira, Coimbrão e Moinhos de Carvide, que "não abriram logo pela manhã devido ao incêndio que andou perto durante a noite e até houve pais que não levaram os filhos".

Anabela Graça adiantou ainda que a decisão foi tomada em articulação com o delegado de saúde e com a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares. "As crianças que não podem ir para casa ficam na escola. Há crianças e adultos com alguma ansiedade. A decisão é da responsabilidade de cada diretor de escolas públicas e particulares", salientou.

Segundo a vereadora, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria também "decidiu não realizar aulas à tarde".

"Trata-se apenas de uma medida de precaução devido à nuvem de fumo. Não há qualquer problema em termos de incêndio", frisou Anabela Graça.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.

EYC // SSS

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