Só contribuintes incluídos no novo mínimo de existência pagarão menos IRS que em 2012

Só contribuintes incluídos no novo mínimo de existência pagarão menos IRS que em 2012
| Política
Porto Canal com Lusa

Apenas os contribuintes abrangidos pelo novo mínimo de existência pagarão menos IRS em 2018 do que em 2012 e todos os outros pagarão um imposto "ainda superior" ao anterior "enorme aumento de impostos" de 2013, segundo a Deloitte.

A consultora Deloitte comparou o IRS que contribuintes ficarão a pagar em 2018 (ano em que termina a sobretaxa, é aumentado o mínimo de existência e são revistos os escalões do imposto) com o que pagavam em 2012 (ano em que foi aprovado o "enorme aumento de impostos" de Vítor Gaspar que se aplicou pela primeira vez aos rendimentos ganhos em 2013).

Destas simulações, a conclusão é que, "exceto na simulação em que se aplica o novo mínimo de existência, em todos os outros cenários o valor do IRS devido em 2018 ainda é superior ao IRS que foi suportado em 2012", explicou à Lusa o fiscalista Luís Leon.

Em 2018, o valor do mínimo de existência, que determina o nível de rendimento até ao qual trabalhadores e pensionistas ficam isentos de IRS, vai ser aumentado; o número de escalões do imposto passará de cinco para sete e nenhum contribuinte pagará sobretaxa durante os 12 meses do ano.

O especialista em IRS recordou que "não há alterações significativas [nas taxas dos escalões] desde o agravamento fiscal ocorrido em 2013" e que, com exceção do desdobramento dos escalões agora introduzido, "o aumento das taxas marginais de IRS, que foi de entre 3 a 3,5 pontos percentuais em 2013, mantém-se".

As simulações que se seguem referem-se a contribuintes não casados e consideram apenas as deduções à coleta relativas às despesas gerais familiares, assumindo-se que é aproveitado o valor total destas deduções.

Rendimentos de 630 euros mensais

Um contribuinte que ganhasse 630 euros por mês em 2012 pagava na altura 281,09 euros em IRS e o mesmo contribuinte estará, em 2018, abrangido pelo novo limite do mínimo de existência, ficando isento de tributação.

Rendimentos de 1.000 euros mensais

Este contribuinte pagava 1.262,77 euros em 2012 e, em 2018, deverá pagar 1.423,35 euros, ou seja, mais 160,58 euros.

Rendimentos de 2.000 euros mensais

Em 2012, um contribuinte que auferisse 2.000 euros por mês pagava 5.300,08 euros e, no próximo ano, pagará mais 305,32 euros.

Rendimentos de 3.000 euros mensais

Este sujeito passivo pagará, no próximo ano, 10.614,32 euros, mais 527,42 euros do que antes do "enorme aumento de impostos".

Rendimentos de 6.000 euros mensais

Um contribuinte que ganhasse 6.000 euros mensais em 2012 pagava 24.811,69 euros e, no próximo ano, com o mesmo rendimento, ficará a pagar mais 2.618,63 euros.

Rendimentos de 10.000 euros mensais

Este contribuinte pagará, em 2018, mais 5.800,03 euros em sede de IRS do que pagava em 2012, entregando ao Estado 52.297,12 euros no próximo ano.

+ notícias: Política

Pedro Nuno dá “apoio inequívoco” do PS à decisão do Governo sobre novo aeroporto de Lisboa

O secretário-geral do PS manifestou esta terça-feira o “apoio inequívoco” à decisão do Governo de seguir a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI) sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete, tema sobre o qual diz ter havido articulação.

Retoma do mandato da deputada do BE eleita pelo Porto aprovada por unanimidade

A Comissão de Transparência aprovou esta terça-feira, por unanimidade, a retoma de mandato da dirigente e deputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias, que tinha suspendido temporariamente as suas funções no parlamento devido a uma intervenção cirúrgica.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.