Parceiros sociais contra mais aumentos de impostos

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 18 dez (Lusa) - Os parceiros sociais expressaram hoje preocupação quanto a um eventual aumento de impostos admitido pelo primeiro-ministro em alternativa ao chumbo do Tribunal Constitucional à convergência das pensões, considerando que seria negativo para a economia.

À saída de uma reunião com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a propósito da realização do Conselho Europeu que decorrerá na quinta e sexta-feira, Arménio Carlos, líder da CGTP, afirmou aos jornalistas que a questão do aumento de impostos não foi discutida, mas considerou que seria "inaceitável".

O dirigente sindical sublinhou que essa seria apenas uma medida positiva se se tratasse de taxar os grandes grupos económicos que fogem dos impostos e não as famílias que já têm um rendimento reduzido.

Na mesma linha, o dirigente da UGT, Carlos Silva, mostrou-se preocupado com esta possibilidade e considerou que o que foi dito "é uma forma de pressão sobre o Tribunal Constitucional".

Do lado dos patrões, António Saraiva não quis antecipar problemas, mas sublinhou que a carga fiscal sobre empresas e famílias "está mais do que ultrapassada".

"Vamos ver quais são as medidas alternativas se for esse o caso", disse o presidente da Confederação Empresarial de Portugal a propósito de um eventual chumbo do regime de convergência de pensões no Tribunal Constitucional.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, destacou também que qualquer aumento de impostos seria "negativo porque iria reduzir o consumo das famílias".

"Não saímos daqui otimistas", acrescentou.

O primeiro-ministro não fez declarações aos jornalistas.

RCR // ATR

Lusa/fim

+ notícias: Política

Eleições internas do PS já têm data marcada

O calendário para as eleições internas do PS foi aprovado este sábado pela Comissão Nacional do partido, tendo tido cinco votos contra segundo informação adiantada à Lusa por fonte oficial.

Mortágua acusa Governo de ter no programa medidas que não são para cumprir

A coordenadora do BE considerou este sábado que o Governo inscreveu no seu programa medidas que não tenciona cumprir, como a descida do IRS, e acusou PSD e CDS-PP de terem “cadastro” no que toca às respostas para os idosos.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.